Nascimento
de Jesus
Antigo
Testamento
- Pois
saibam que Javé lhes dará um sinal: A jovem concebeu e dará à luz um
filho, e o chamará pelo nome de Emanuel. (Isaias 7:14)
- Porque
nasceu para nós um menino, um filho nos foi dado: sobre o seu ombro está o
manto real, e ele se chama “Conselheiro
Maravilhoso”, “Deus Forte”, “Pai para sempre”, “Príncipe da Paz”.
Grande será o seu domínio, e a paz não terá fim sobre o trono de Davi e
seu reino, firmado e reforçado com o direito e a justiça, desde agora e
para sempre. O zelo de Javé dos exércitos é quem realizará isso. (Isaias
9:5-6)
- Javé
envia esta mensagem até os confins da terra: “Digam para a capital de
Sião: Veja! Seu salvador está chegando; com ele vem a sua recompensa, sua
recompensa vem na frente dele. Serão chamados de Povo Santo, Redimidos de
Javé. E você terá por nome a Procurada, a Cidade Não Abandonada”. (Isaias
62:11-12)Ler também Isaias 53
- Dance
de alegria, cidade de Sião; grite de alegria, cidade de Jerusalém, pois
agora o seu rei está chegando, justo e vitorioso. Ele é pobre, vem montado
num jumento, num jumentinho, filho de uma jumenta. Ele destruirá os carros
de guerra de Efraim e os cavalos de Jerusalém; quebrará o arco de guerra.
Anunciará a paz a todas as nações, e o seu domínio irá de mar a mar, do
rio Eufrates até os confins da terra. (Zacarias 9:9-10)
Isaias
– Centro dos estudos “Santidade de Deus” “Deus é absoluto”
Zacarias
– 1ª parte 520 A.C – reconstrução das bases sociais de fé e vida social / 2ª
parte 333 A.C – futuro do Povo de Deus e anuncia o aparecimento do Messias
como: rei, bom pastor e transpassado.
Novo
testamento
- No
sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia
chamada Nazaré. Foi a uma virgem, prometida em casamento a um homem
chamado José, que era descendente de Davi. E o nome da virgem era Maria. O
anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegre-se, cheia de graça! O Senhor
está com você!” Ouvindo isso, Maria ficou preocupada, e perguntava a si
mesma o que a saudação queira dizer. O anjo disse: “Não tenha medo, Maria,
porque você encontrou uma graça diante de Deus. Eis que você vai ficar
grávida, terá um filho e dará a ele o nome de Jesus. Ele será grande e
será chamado Filho do Altíssimo. E o Senhor dará a ele o trono de seu pai
Davi, e ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó. E o seu
reino não terá fim.” (Lucas 1:26-33)
- Entrou
na casa de Zacarias, e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de
Maria, a criança se agitou no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito
Santo.(Lucas 1:40-41)
Lucas
– com Jesus nasce uma nova história, apresenta o caminho de Jesus. Continua em
Atos dos Apóstolos (caminha da igreja)
Lucas
+ Atos = caminha da salvação
Na
codificação
Livro
dos Espíritos
624
– Qual é o caráter do verdadeiro profeta?
- É
um homem de bem, inspirado por Deus. Pode-se reconhecê-lo por suas
palavras e ações. Deus não se serviria da boca de um mentiroso para
ensinar a verdade.
625
– Qual é o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de
guia e modelo?
- Jesus
Jesus
á para o homem o exemplo da perfeição moral a que pode pretender a humanidade
na Terra. Deus nos oferece Jesus como o mais perfeito modelo, e a doutrina que
ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque era o próprio Espírito
Divino e foi o ser mais puro que apareceu na Terra.
Se
alguns daqueles que pretenderam instruir o homem na lei de Deus algumas vezes o
desviaram, ensinando-lhes falsos princípios, foi por se deixarem dominar por
sentimentos muito materiais e por ter confundido as leis que regem as condições
da vida da alma com as do corpo. Muitos anunciaram como leis divinas o que eram
apenas leis humanas criadas para servir à paixões e dominar os homens.
879
– Qual deve ser o caráter do homem que praticasse a justiça em toda a sua
pureza?
- Do
verdadeiro justo, a exemplo de Jesus, porque praticaria também o amor ao
próximo e a caridade, sem os quais não há verdadeira justiça.
O
Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo
I itens 3 e 4
3.
Jesus não veio destruir a lei, isto é, a lei de Deus; veio cumpri-la, isto é,
desenvolvê-la, dar-lhe o verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de adiantamento
dos homens. Por isso, é que se nos depara, nessa lei, o principio dos deveres
para com Deus e para com o próximo, base da sua doutrina. ...
4.
Mas o papel de Jesus não foi o de um simples legislador moralista, tendo por
exclusiva autoridade a sua palavra. Cabia-lhe dar cumprimento às profecias que
lhe anunciaram o advento; a autoridade lhe vinha da natureza excepcional o seu
Espírito e da sua missão divina. Ele viera ensinar aos homens que a verdadeira
vida não é a que transcorre na Terra e sim a que é vivida no reino dos céus;
viera ensinar-lhes o caminho que a esse reino conduz, os meios de eles se
reconciliarem com Deus e de pressentirem esses meios na marcha das coisas por
vir, para a realização dos destinos humanos. ...
“Jesus é nosso modelo e guia. Cresceu entre nós e teve uma vida
comum para nos dar exemplo de amor, humildade e caridade. Escolheu nascer entre
os humildes e ser remédio para todos sem distinção.
A doutrina espírita esclarece e afirma a sua missão que foi
realizada com total amor à Deus e ao próximo. Respeitou as nossas condições nos
falando por parábolas e exemplificando com suas atitudes para que possamos
entender melhor sua lei. Pediu que nos amassemos e infelizmente ainda não
conseguimos; e para exemplificar esse amor subiu ao calvário e mesmo com suas
dores e sofrimentos pediu ao Pai por nós. A nossa evolução esta baseada na sua
lei que é o amor ao próximo.” (Kênia)
Evangelização para bebes
Como
aplicar o estudo na evangelização de bebes? Estudar a lição 37 do livro Pontos
e Contos (Chico Xavier – Irmão X). Traçar o objetivo, desenvolvimento, vivência
atividade
- Qual
o objetivo da aula?
Mostrar
a criança como Jesus nasceu
- Desenvolvimento.
Arrumar
a sala para apresentar um teatro com bonecos (Kênia) sobre o nascimento de
Jesus. Prece inicial, ambientação (apresentação dos participantes da aula,
gosto da música que a Scheila usa: “Bom dia Marquinhos, do meu coração – cantar
esse pedaço até falar o nome de todos. Você está na evangelização.Hoje é dia de
brilhar a luz. Vamos estudar o Evangelho de Jesus.”
Apresente
Maria e José para as crianças: Maria foi escolhida por Deus para ser a mãe de
Jesus. Vocês sabem quem é Jesus? (cantar a música: não vou mais fazer nenhuma
confusão, pois Deus é nosso Pai e Jesus é nosso irmão) É isso mesmo, Jesus é
nosso irmão e veio até nós para nos ensinar a lei de amor ao próximo e devemos
seguir seus exemplos ajudando o papai, a mamãe e a todos que precisam de nós
assim como ele fez. Quando chegou o momento de Jesus nascer Maria e José
tiveram que ir até Belém, chegaram lá a noite e não conseguiram lugar para
dormir. Depois de muito terem recebido “não”, um homem ofereceu a estrebaria
para que eles pudessem descansar. E então a noite Jesus nasceu e Maria O
colocou em uma manjedoura. E Jesus nasceu em meio aos animais e uma estrela
iluminou a noite dando graças ao seu nascimento (cantar a música: estrelinha de
Belém, brilha, brilha por favor. Meu coração pequenino necessita sua luz.
Brilha, brilha estrelinha eu quero encontrar Jesus, brilha, brilha estrelinha eu
quero encontrar Jesus). Logo depois chegaram 3 magos para conhecê-Lo e
ofereceram presentes ao Rei que veio trazer amor e paz aos nossos corações.
Cantar a música ( eu quero servir a Jesus, em qualquer lugar onde Deus me
colocar 2x)
- Vivência
pedir
para que as mães façam o caminho com eles até chegar a manjedoura. Quando
chegarem pedir a Maria se eles podem pegar Jesus no colo. Com isso colocar
Maria e José perto deles para demonstrar que os pais sempre estão olhando por
nós.
- Atividade – pintura com gelatina (presépio)
Natal
simbólico
PONTOS E CONTOS – IRMÃO X
Harmonias
cariciosas atravessavam a paisagem, quando o lúcido mensageiro continuou:
-
Cada espírito é um mundo no qual o Cristo deve nascer...
Fora
loucura esperar a reforma do mundo, sem o homem reformado. Jamais conheceremos
povos cristãos, sem edificarmos a alma cristã...
*
Eis
por que o Natal do Senhor se reveste de profunda importância para cada um de
nós em particular.
Temos
conosco oceanos de bênçãos divinas, maravilhosos continentes de possibilidades,
florestas de sentimentos por educar, desertos de ignorância por corrigir,
inumeráveis tribos de pensamentos que nos povoam a infinita extensão do mundo
interior. De quando em quando, tempestades renovadoras varrem-nos o íntimo,
furacões implacáveis atingem nossos ídolos mentirosos.
*
Quantas
vezes o interesse egoístico foi o nosso perverso inspirador?
Examinando
a movimentação de nossas ideias próprias, verificamos que todo princípio nobre
serviu de precursor ao conhecimento inicial do Cristo.
*
Verificou-se
a vinda de Jesus numa época de recenseamento.
Alcançamos
a transformação essencial justamente em fase de contas espirituais com a nossa
própria consciência, seja pela dor ou pela madureza de raciocínio.
*
Não
havia lugar para o Senhor.
Nunca
possuímos espaço mental para a inspiração divina, absorvidos de ansiedades do
coração ou limitados pela ignorância.
*
A
única estalagem ao Hóspede sublime foi a manjedoura.
Não
oferecemos ao pensamento evangélico senão algumas palhas misérrimas de nossa
boa vontade, no lugar mais escuro de nossa mente.
*
Surge
o Infante celestial dentro da noite.
Quase
sempre, não sentimos a Bondade do Senhor senão no ápice das sombras de nossas
inquietações e falências.
*
A
estrela prodigiosa rompe as trevas no grande silêncio.
Quando
o gérmen do Cristo desponta em nossas almas, a estrela da divina esperança
desafia nossas trevas interiores, obscurecendo o passado, clareando o presente
e indicando o porvir.
*
Animais
em bando são as primeiras visitas ao Enviado celeste.
Na
soledade de nossa transformação moral, em face da alvorada nova, os sentimentos
animalizados de nosso ser são os primeiros a defrontar o ideal do Mestre.
*
Chegam
pastores que se envolvem na intensa luz dos anjos que velam o berço divino.
Nossos
pensamentos mais simples e mais puros aproximam-se da ideia nova,
contagiando-se da claridade sublime, oriunda dos gênios superiores que nos
presidem aos destinos e que se acercam de nós, afugentando a incompreensão e o
temor.
*
Cantam
milícias celestiais.
No
instante de nossa renovação em Cristo, velhos companheiros nossos, já
redimidos, exultam de contentamento na esfera superior, dando glória a Deus e
bendizendo os Espíritos de boa vontade.
*
Divulgam
os pastores a notícia maravilhosa.
Nossos
pensamentos, felicitados pelo impulso criador de Jesus, comunicam-se entre si,
organizando-se para vida nova.
*
Surge
a visita inesperada dos magos.
Sentindo-nos
a modificação, o mundo observa-nos de modo especial.
*
Os
servos fieis, como Simeão, expressam grande júbilo, mas revelam apreensões
justas, declarando que o Menino surgira para a queda e elevação de muitos em
Israel.
Acalentamos
o pensamento renovador, no recesso da alma, para a destruição de nossos ídolos
de barro e desenvolvimento dos germens de espiritualidade superior.
*
Ferido
na vaidade e na ambição, Herodes determina a morte do Pequenino Emissário.
A
ignorância que nos governa, desde muitos milênios, trabalha contra a ideia
redentora, movimentando todas as possibilidades ao seu alcance.
*
Conserva-se
Jesus na casa simples de Nazaré.
Nunca
poderemos fornecer testemunho à Humanidade, antes de fazê-lo junto aos nossos,
elevando o espírito do grupo a que Deus nos conduziu.
*
Trabalha
o Pequeno Embaixador numa carpintaria.
Em
toda realização superior, não poderemos desdenhar o esforço próprio.
*
Mais
tarde, o Celeste Menino surpreende os velhos doutores.
O
pensamento cristão entra em choque, desde cedo, com todas as nossas antigas
convenções relativas à riqueza e à pobreza, ao prazer e ao sofrimento, à
obediência e à mordomia, à filosofia e à instrução, à fé e à ciência.
Trava-se,
então, dentro de nosso mundo individual, a grande batalha.
*
A
essa altura, o mensageiro fez longa pausa.
Flores
de luz choviam de mais alto, como alegrias do Natal, banhando-nos a fronte. Os
demais companheiros e eu aguardávamos, ansiosos, a continuação da mensagem
sublime; entretanto, o missionário generoso sorriu paternalmente e rematou:
-
Aqui termino minhas humildes lembranças do Natal simbólico. Segundo observais,
o Evangelho de nosso Senhor não é livro para os museus, mas roteiro palpitante
da vida.
CAPÍTULO XII LIVRO: A
CAMINHO DA LUZ
A vinda de Jesus
A MANJEDOURA
A manjedoura assinalava o
ponto inicial da lição salvadora do Cristo, como a dizer que a humildade
representa a chave de todas as virtudes. Começava a era definitiva da
maioridade espiritual da Humanidade terrestre, de vez que Jesus, com a sua
exemplificação divina, entregaria o código da fraternidade e do amor a todos os
corações.
Debalde os escritores
materialistas de todos os tempos vulgarizaram o grande acontecimento,
ironizando os altos fenômenos mediúnicos que o precederam. As figuras de
Simeão, Ana, Isabel, João Batista, José, bem como a personalidade sublimada de
Maria, têm sido muitas vezes objeto de observações injustas e maliciosas; mas a
realidade é que somente com o concurso daqueles mensageiros da Boa Nova,
portadores da contribuição de fervor, crença e vida, poderia Jesus lançar na
Terra os fundamentos da verdade inabalável.
O CRISTO E OS ESSÊNIOS
Muitos séculos depois da
sua exemplificação incompreendida, há quem o veja entre os essênios, aprendendo
as suas doutrinas, antes do seu messianismo de amor e de redenção. As próprias
esferas mais próximas da Terra, que pela força das circunstâncias se acercam
mais das controvérsias dos homens que do sincero aprendizado dos espíritos estudiosos
e desprendidos do orbe, refletem as opiniões contraditórias da Humanidade, a respeito
do Salvador de todas as criaturas.
O Mestre, porém, não
obstante a elevada cultura das escolas essênias, não necessitou da sua
contribuição. Desde os seus primeiros dias na Terra, mostrou-se tal qual era,
com a superioridade que o planeta lhe conheceu desde os tempos longínquos do princípio.
CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS
DE ISRAEL
Do seu divino apostolado
nada nos compete dizer em acréscimo das tradições que a cultura evangélica
apresentou em todos os séculos posteriores à sua vinda à Terra, reafirmando,
todavia, que a sua lição de amor e de humildade foi
única em todos os tempos
da Humanidade.
Dele asseveraram os
profetas de Israel, muito tempo antes da manjedoura e do calvário: -
"Levantar-se-á como um arbusto verde, vivendo na ingratidão de um solo árido,
onde não haverá graça nem beleza. Carregado de opróbrios e desprezado dos
homens, todos lhe voltarão o rosto. Coberto de ignomínias, não merecerá
consideração. É que Ele carregará o fardo pesado de nossas culpas e de nossos sofrimentos,
tomando sobre si todas as nossas dores. Presumireis na sua figura um homem
vergando ao peso da cólera de Deus, mas serão os nossos pecados que o cobrirão
de chagas sanguinolentas e as suas feridas hão de ser a nossa redenção. Somos
um imenso rebanho desgarrado, mas, para nos reunir no caminho de Deus, Ele
sofrerá o peso das nossas iniquidades. Humilhado e ferido, não soltará o mais
leve queixume, deixando-se conduzir como um cordeiro ao sacrifício. O seu túmulo
passará como o de um malvado e a sua morte como a de um ímpio.
Mas, desde o momento em
que oferecer a sua vida, verá nascer uma posteridade e os interesses de Deus
hão de prosperar nas suas mãos."
A GRANDE LIÇÃO
Sim, o mundo era um
imenso rebanho desgarrado. Cada povo fazia da religião uma nova fonte de
vaidades, salientando-se que muitos cultos religiosos do Oriente caminhavam
para o terreno franco da dissolução e da imoralidade; mas o Cristo vinha trazer
ao mundo os fundamentos eternos da verdade e do amor. Sua palavra, mansa e
generosa, reunia todos os infortunados e todos os pecadores.
Escolheu os ambientes
mais pobres e mais desataviados para viver a intensidade de suas lições
sublimes, mostrando aos homens que a verdade dispensava o cenário suntuoso dos
areópagos, dos fóruns e dos templos, para fazer-se ouvir na sua misteriosa
beleza. Suas pregações, na praça pública, verificam-se a propósito dos seres
mais desprotegidos e desclassificados. como a demonstrar que a sua palavra
vinha reunir todas as criaturas na mesma vibração de fraternidade e na mesma
estrada luminosa do amor. Combateu pacificamente todas as violências oficiais
do judaísmo, renovando a Lei Antiga com a doutrina do esclarecimento, da tolerância
e do perdão. Espalhou as mais claras visões da vida imortal, ensinando às
criaturas terrestres que existe algo superior às pátrias, às bandeiras, ao
sangue e às leis humanas. Sua palavra profunda, enérgica e misericordiosa,
refundiu todas as filosofias, aclarou o caminho das ciências e já teria
irmanado todas as religiões da Terra, se a impiedade dos homens não fizesse
valer o peso da iniquidade na balança da redenção.
A PALAVRA DIVINA
Não nos compete fornecer
uma nova interpretação das palavras eternas do Cristo, nos Evangelhos.
Semelhante interpretação está feita por quase todas as escolas religiosas do
mundo, competindo apenas às suas comunidades e aos seus adeptos a observação do
ensino imortal, aplicando-a a si próprios, no mecanismo da vida de relação, de
modo que se verifique a renovação geral, na sublime exemplificação, porque, se
a manjedoura e a cruz constituem ensinamento inolvidável, muito mais devem
representar, para nós outros, os exemplos do Divino Mestre, no seu trato com as
vicissitudes da vida terrestre.
De suas lições
inesquecíveis, decorrem conseqüências para todos os departamentos da existência
planetária, no sentido de se renovarem os institutos sociais e políticos da
Humanidade, com a transformação moral dos homens dentro de uma nova era de
justiça econômica e de concórdia universal.
Pode parecer que as
conquistas do verdadeiro Cristianismo sejam ainda remotas, em face das
doutrinas imperialistas da atualidade, mas é preciso reconhecer que dois mil
anos já dobaram sobre a palavra divina.
Dois mil anos em que os
homens se estraçalharam em seu nome, inventando bandeiras de separatividade e
destruição. Incendiaram e trucidaram, em nome dos seus ensinos de perdão e de
amor, massacrando esperanças em todos os corações. Contudo, o século que passa
deve assinalar uma transformação visceral nos departamentos da vida. A dor completará
as obras generosas da verdade cristã, porque os homens repeliram o amor em suas
cogitações de progresso.
CREPÚSCULO DE UMA
CIVILIZAÇÃO
Uma nuvem de fumo vem-se
formando, há muito tempo, nos horizontes da Terra cheia de indústrias de morte
e destruição. Todos os países são convocados a conferirem os valores da
maturação espiritual da Humanidade, verificada no orbe há dois milênios. O
progresso científico dos povos e as suas mais nobres e generosas conquistas são
reclamados pelo banquete do morticínio e da ambição, e, enquanto a política do
mundo se sente manietada ante os dolorosos fenômenos do século, registram-se nos
espaços novas atividades de trabalho, porque a direção da Terra está nas mãos
misericordiosas e augustas do Cordeiro.
O EXEMPLO DO CRISTO
Sem nos referirmos,
porém, aos problemas da política transitória do mundo, lembremos, ainda, que a
lição do Cristo ficou para sempre na Terra, como o tesouro de todos os
infortunados e de todos os desvalidos.
Sua palavra construiu a
fé nas almas humanas, fazendo-lhes entrever os seus gloriosos destinos. Haja
necessidade e tornaremos a ver a crença e a esperança reunindo-se em novas
catacumbas romanas, para reerguerem o sentido cristão da civilização da
Humanidade.
É, muitas vezes, nos
corações humildes e aflitos que vamos encontrar a divina palavra cantando o
hino maravilhoso dos bem aventurados.
E, para fechar este
capítulo, lembrando a influência do Divino Mestre em todos os corações
sofredores da Terra, recordemos o episódio do monge de Manilha, que, acusado de
tramar a liberdade de sua pátria contra o jugo dos espanhóis, é condenado à
morte e conduzido ao cadafalso.
No instante do suplício,
soluça desesperadamente o mísero condenado - "Como, pois, será possível
que eu morra assim inocente? Onde está a justiça? Que fiz eu para merecer tão
horrendo suplício?"
Mas um companheiro corre
ao seu encontro e murmura-lhe aos ouvidos: - "Jesus também era
inocente!..."
Passa, então, pelos olhos
da vítima, um clarão de misteriosa beleza. Secam-se as lágrimas e a serenidade
lhe volta ao semblante macerado, e, quando o carrasco lhe pede perdão, antes de
apertar o parafuso sinistro, ei-lo que responde resignado: - "Meu filho,
não só te perdoo como ainda te peço cumpras o teu dever."
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