domingo, 15 de dezembro de 2013

NASCIMENTO DE JESUS

Nascimento de Jesus
Antigo Testamento
  • Pois saibam que Javé lhes dará um sinal: A jovem concebeu e dará à luz um filho, e o chamará pelo nome de Emanuel. (Isaias 7:14)
  • Porque nasceu para nós um menino, um filho nos foi dado: sobre o seu ombro está o manto real, e ele se chama “Conselheiro  Maravilhoso”, “Deus Forte”, “Pai para sempre”, “Príncipe da Paz”. Grande será o seu domínio, e a paz não terá fim sobre o trono de Davi e seu reino, firmado e reforçado com o direito e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo de Javé dos exércitos é quem realizará isso. (Isaias 9:5-6)
  • Javé envia esta mensagem até os confins da terra: “Digam para a capital de Sião: Veja! Seu salvador está chegando; com ele vem a sua recompensa, sua recompensa vem na frente dele. Serão chamados de Povo Santo, Redimidos de Javé. E você terá por nome a Procurada, a Cidade Não Abandonada”. (Isaias 62:11-12)Ler também Isaias 53
  • Dance de alegria, cidade de Sião; grite de alegria, cidade de Jerusalém, pois agora o seu rei está chegando, justo e vitorioso. Ele é pobre, vem montado num jumento, num jumentinho, filho de uma jumenta. Ele destruirá os carros de guerra de Efraim e os cavalos de Jerusalém; quebrará o arco de guerra. Anunciará a paz a todas as nações, e o seu domínio irá de mar a mar, do rio Eufrates até os confins da terra. (Zacarias 9:9-10)
Isaias – Centro dos estudos “Santidade de Deus” “Deus é absoluto”
Zacarias – 1ª parte 520 A.C – reconstrução das bases sociais de fé e vida social / 2ª parte 333 A.C – futuro do Povo de Deus e anuncia o aparecimento do Messias como: rei, bom pastor e transpassado.


Novo testamento
  • No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré. Foi a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José, que era descendente de Davi. E o nome da virgem era Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegre-se, cheia de graça! O Senhor está com você!” Ouvindo isso, Maria ficou preocupada, e perguntava a si mesma o que a saudação queira dizer. O anjo disse: “Não tenha medo, Maria, porque você encontrou uma graça diante de Deus. Eis que você vai ficar grávida, terá um filho e dará a ele o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo. E o Senhor dará a ele o trono de seu pai Davi, e ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó. E o seu reino não terá fim.” (Lucas 1:26-33)
  • Entrou na casa de Zacarias, e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se agitou no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.(Lucas 1:40-41)
Lucas – com Jesus nasce uma nova história, apresenta o caminho de Jesus. Continua em Atos dos Apóstolos (caminha da igreja)
Lucas + Atos = caminha da salvação

Na codificação
Livro dos Espíritos
624 – Qual é o caráter do verdadeiro profeta?
  • É um homem de bem, inspirado por Deus. Pode-se reconhecê-lo por suas palavras e ações. Deus não se serviria da boca de um mentiroso para ensinar a verdade.
625 – Qual é o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e modelo?
  • Jesus
Jesus á para o homem o exemplo da perfeição moral a que pode pretender a humanidade na Terra. Deus nos oferece Jesus como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque era o próprio Espírito Divino e foi o ser mais puro que apareceu na Terra.
Se alguns daqueles que pretenderam instruir o homem na lei de Deus algumas vezes o desviaram, ensinando-lhes falsos princípios, foi por se deixarem dominar por sentimentos muito materiais e por ter confundido as leis que regem as condições da vida da alma com as do corpo. Muitos anunciaram como leis divinas o que eram apenas leis humanas criadas para servir à paixões e dominar os homens.
879 – Qual deve ser o caráter do homem que praticasse a justiça em toda a sua pureza?
  • Do verdadeiro justo, a exemplo de Jesus, porque praticaria também o amor ao próximo e a caridade, sem os quais não há verdadeira justiça.
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo I itens 3 e 4
3. Jesus não veio destruir a lei, isto é, a lei de Deus; veio cumpri-la, isto é, desenvolvê-la, dar-lhe o verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de adiantamento dos homens. Por isso, é que se nos depara, nessa lei, o principio dos deveres para com Deus e para com o próximo, base da sua doutrina. ...
4. Mas o papel de Jesus não foi o de um simples legislador moralista, tendo por exclusiva autoridade a sua palavra. Cabia-lhe dar cumprimento às profecias que lhe anunciaram o advento; a autoridade lhe vinha da natureza excepcional o seu Espírito e da sua missão divina. Ele viera ensinar aos homens que a verdadeira vida não é a que transcorre na Terra e sim a que é vivida no reino dos céus; viera ensinar-lhes o caminho que a esse reino conduz, os meios de eles se reconciliarem com Deus e de pressentirem esses meios na marcha das coisas por vir, para a realização dos destinos humanos. ...
“Jesus é nosso modelo e guia. Cresceu entre nós e teve uma vida comum para nos dar exemplo de amor, humildade e caridade. Escolheu nascer entre os humildes e ser remédio para todos sem distinção.
A doutrina espírita esclarece e afirma a sua missão que foi realizada com total amor à Deus e ao próximo. Respeitou as nossas condições nos falando por parábolas e exemplificando com suas atitudes para que possamos entender melhor sua lei. Pediu que nos amassemos e infelizmente ainda não conseguimos; e para exemplificar esse amor subiu ao calvário e mesmo com suas dores e sofrimentos pediu ao Pai por nós. A nossa evolução esta baseada na sua lei que é o amor ao próximo.”   (Kênia) 

Evangelização para bebes

Como aplicar o estudo na evangelização de bebes? Estudar a lição 37 do livro Pontos e Contos (Chico Xavier – Irmão X). Traçar o objetivo, desenvolvimento, vivência atividade
  1. Qual o objetivo da aula?
Mostrar a criança como Jesus nasceu
  1. Desenvolvimento.
Arrumar a sala para apresentar um teatro com bonecos (Kênia) sobre o nascimento de Jesus. Prece inicial, ambientação (apresentação dos participantes da aula, gosto da música que a Scheila usa: “Bom dia Marquinhos, do meu coração – cantar esse pedaço até falar o nome de todos. Você está na evangelização.Hoje é dia de brilhar a luz. Vamos estudar o Evangelho de Jesus.”
Apresente Maria e José para as crianças: Maria foi escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus. Vocês sabem quem é Jesus? (cantar a música: não vou mais fazer nenhuma confusão, pois Deus é nosso Pai e Jesus é nosso irmão) É isso mesmo, Jesus é nosso irmão e veio até nós para nos ensinar a lei de amor ao próximo e devemos seguir seus exemplos ajudando o papai, a mamãe e a todos que precisam de nós assim como ele fez. Quando chegou o momento de Jesus nascer Maria e José tiveram que ir até Belém, chegaram lá a noite e não conseguiram lugar para dormir. Depois de muito terem recebido “não”, um homem ofereceu a estrebaria para que eles pudessem descansar. E então a noite Jesus nasceu e Maria O colocou em uma manjedoura. E Jesus nasceu em meio aos animais e uma estrela iluminou a noite dando graças ao seu nascimento (cantar a música: estrelinha de Belém, brilha, brilha por favor. Meu coração pequenino necessita sua luz. Brilha, brilha estrelinha eu quero encontrar Jesus, brilha, brilha estrelinha eu quero encontrar Jesus). Logo depois chegaram 3 magos para conhecê-Lo e ofereceram presentes ao Rei que veio trazer amor e paz aos nossos corações. Cantar a música ( eu quero servir a Jesus, em qualquer lugar onde Deus me colocar 2x)
  1. Vivência
pedir para que as mães façam o caminho com eles até chegar a manjedoura. Quando chegarem pedir a Maria se eles podem pegar Jesus no colo. Com isso colocar Maria e José perto deles para demonstrar que os pais sempre estão olhando por nós.
  1. Atividade – pintura com gelatina (presépio)



Natal simbólico
PONTOS E CONTOS – IRMÃO X
Harmonias cariciosas atravessavam a paisagem, quando o lúcido mensageiro continuou:
- Cada espírito é um mundo no qual o Cristo deve nascer...
Fora loucura esperar a reforma do mundo, sem o homem reformado. Jamais conheceremos povos cristãos, sem edificarmos a alma cristã...
*
Eis por que o Natal do Senhor se reveste de profunda importância para cada um de nós em particular.
Temos conosco oceanos de bênçãos divinas, maravilhosos continentes de possibilidades, florestas de sentimentos por educar, desertos de ignorância por corrigir, inumeráveis tribos de pensamentos que nos povoam a infinita extensão do mundo interior. De quando em quando, tempestades renovadoras varrem-nos o íntimo, furacões implacáveis atingem nossos ídolos mentirosos.
*
Quantas vezes o interesse egoístico foi o nosso perverso inspirador?
Examinando a movimentação de nossas ideias próprias, verificamos que todo princípio nobre serviu de precursor ao conhecimento inicial do Cristo.
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Verificou-se a vinda de Jesus numa época de recenseamento.
Alcançamos a transformação essencial justamente em fase de contas espirituais com a nossa própria consciência, seja pela dor ou pela madureza de raciocínio.
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Não havia lugar para o Senhor.
Nunca possuímos espaço mental para a inspiração divina, absorvidos de ansiedades do coração ou limitados pela ignorância.
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A única estalagem ao Hóspede sublime foi a manjedoura.
Não oferecemos ao pensamento evangélico senão algumas palhas misérrimas de nossa boa vontade, no lugar mais escuro de nossa mente.
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Surge o Infante celestial dentro da noite.
Quase sempre, não sentimos a Bondade do Senhor senão no ápice das sombras de nossas inquietações e falências.
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A estrela prodigiosa rompe as trevas no grande silêncio.
Quando o gérmen do Cristo desponta em nossas almas, a estrela da divina esperança desafia nossas trevas interiores, obscurecendo o passado, clareando o presente e indicando o porvir.
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Animais em bando são as primeiras visitas ao Enviado celeste.
Na soledade de nossa transformação moral, em face da alvorada nova, os sentimentos animalizados de nosso ser são os primeiros a defrontar o ideal do Mestre.
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Chegam pastores que se envolvem na intensa luz dos anjos que velam o berço divino.
Nossos pensamentos mais simples e mais puros aproximam-se da ideia nova, contagiando-se da claridade sublime, oriunda dos gênios superiores que nos presidem aos destinos e que se acercam de nós, afugentando a incompreensão e o temor.
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Cantam milícias celestiais.
No instante de nossa renovação em Cristo, velhos companheiros nossos, já redimidos, exultam de contentamento na esfera superior, dando glória a Deus e bendizendo os Espíritos de boa vontade.
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Divulgam os pastores a notícia maravilhosa.
Nossos pensamentos, felicitados pelo impulso criador de Jesus, comunicam-se entre si, organizando-se para vida nova.
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Surge a visita inesperada dos magos.
Sentindo-nos a modificação, o mundo observa-nos de modo especial.
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Os servos fieis, como Simeão, expressam grande júbilo, mas revelam apreensões justas, declarando que o Menino surgira para a queda e elevação de muitos em Israel.
Acalentamos o pensamento renovador, no recesso da alma, para a destruição de nossos ídolos de barro e desenvolvimento dos germens de espiritualidade superior.
*
Ferido na vaidade e na ambição, Herodes determina a morte do Pequenino Emissário.
A ignorância que nos governa, desde muitos milênios, trabalha contra a ideia redentora, movimentando todas as possibilidades ao seu alcance.
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Conserva-se Jesus na casa simples de Nazaré.
Nunca poderemos fornecer testemunho à Humanidade, antes de fazê-lo junto aos nossos, elevando o espírito do grupo a que Deus nos conduziu.
*
Trabalha o Pequeno Embaixador numa carpintaria.
Em toda realização superior, não poderemos desdenhar o esforço próprio.
*
Mais tarde, o Celeste Menino surpreende os velhos doutores.
O pensamento cristão entra em choque, desde cedo, com todas as nossas antigas convenções relativas à riqueza e à pobreza, ao prazer e ao sofrimento, à obediência e à mordomia, à filosofia e à instrução, à fé e à ciência.
Trava-se, então, dentro de nosso mundo individual, a grande batalha.
*
A essa altura, o mensageiro fez longa pausa.
Flores de luz choviam de mais alto, como alegrias do Natal, banhando-nos a fronte. Os demais companheiros e eu aguardávamos, ansiosos, a continuação da mensagem sublime; entretanto, o missionário generoso sorriu paternalmente e rematou:
- Aqui termino minhas humildes lembranças do Natal simbólico. Segundo observais, o Evangelho de nosso Senhor não é livro para os museus, mas roteiro palpitante da vida.
CAPÍTULO XII LIVRO: A CAMINHO DA LUZ

A vinda de Jesus

A MANJEDOURA

A manjedoura assinalava o ponto inicial da lição salvadora do Cristo, como a dizer que a humildade representa a chave de todas as virtudes. Começava a era definitiva da maioridade espiritual da Humanidade terrestre, de vez que Jesus, com a sua exemplificação divina, entregaria o código da fraternidade e do amor a todos os corações.
Debalde os escritores materialistas de todos os tempos vulgarizaram o grande acontecimento, ironizando os altos fenômenos mediúnicos que o precederam. As figuras de Simeão, Ana, Isabel, João Batista, José, bem como a personalidade sublimada de Maria, têm sido muitas vezes objeto de observações injustas e maliciosas; mas a realidade é que somente com o concurso daqueles mensageiros da Boa Nova, portadores da contribuição de fervor, crença e vida, poderia Jesus lançar na Terra os fundamentos da verdade inabalável.

O CRISTO E OS ESSÊNIOS

Muitos séculos depois da sua exemplificação incompreendida, há quem o veja entre os essênios, aprendendo as suas doutrinas, antes do seu messianismo de amor e de redenção. As próprias esferas mais próximas da Terra, que pela força das circunstâncias se acercam mais das controvérsias dos homens que do sincero aprendizado dos espíritos estudiosos e desprendidos do orbe, refletem as opiniões contraditórias da Humanidade, a respeito do Salvador de todas as criaturas.
O Mestre, porém, não obstante a elevada cultura das escolas essênias, não necessitou da sua contribuição. Desde os seus primeiros dias na Terra, mostrou-se tal qual era, com a superioridade que o planeta lhe conheceu desde  os tempos longínquos do princípio.

CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS DE ISRAEL

Do seu divino apostolado nada nos compete dizer em acréscimo das tradições que a cultura evangélica apresentou em todos os séculos posteriores à sua vinda à Terra, reafirmando, todavia, que a sua lição de amor e de humildade foi
única em todos os tempos da Humanidade.
Dele asseveraram os profetas de Israel, muito tempo antes da manjedoura e do calvário: - "Levantar-se-á como um arbusto verde, vivendo na ingratidão de um solo árido, onde não haverá graça nem beleza. Carregado de opróbrios e desprezado dos homens, todos lhe voltarão o rosto. Coberto de ignomínias, não merecerá consideração. É que Ele carregará o fardo pesado de nossas culpas e de nossos sofrimentos, tomando sobre si todas as nossas dores. Presumireis na sua figura um homem vergando ao peso da cólera de Deus, mas serão os nossos pecados que o cobrirão de chagas sanguinolentas e as suas feridas hão de ser a nossa redenção. Somos um imenso rebanho desgarrado, mas, para nos reunir no caminho de Deus, Ele sofrerá o peso das nossas iniquidades. Humilhado e ferido, não soltará o mais leve queixume, deixando-se conduzir como um cordeiro ao sacrifício. O seu túmulo passará como o de um malvado e a sua morte como a de um ímpio.
Mas, desde o momento em que oferecer a sua vida, verá nascer uma posteridade e os interesses de Deus hão de prosperar nas suas mãos."

A GRANDE LIÇÃO

Sim, o mundo era um imenso rebanho desgarrado. Cada povo fazia da religião uma nova fonte de vaidades, salientando-se que muitos cultos religiosos do Oriente caminhavam para o terreno franco da dissolução e da imoralidade; mas o Cristo vinha trazer ao mundo os fundamentos eternos da verdade e do amor. Sua palavra, mansa e generosa, reunia todos os infortunados e todos os pecadores.
Escolheu os ambientes mais pobres e mais desataviados para viver a intensidade de suas lições sublimes, mostrando aos homens que a verdade dispensava o cenário suntuoso dos areópagos, dos fóruns e dos templos, para fazer-se ouvir na sua misteriosa beleza. Suas pregações, na praça pública, verificam-se a propósito dos seres mais desprotegidos e desclassificados. como a demonstrar que a sua palavra vinha reunir todas as criaturas na mesma vibração de fraternidade e na mesma estrada luminosa do amor. Combateu pacificamente todas as violências oficiais do judaísmo, renovando a Lei Antiga com a doutrina do esclarecimento, da tolerância e do perdão. Espalhou as mais claras visões da vida imortal, ensinando às criaturas terrestres que existe algo superior às pátrias, às bandeiras, ao sangue e às leis humanas. Sua palavra profunda, enérgica e misericordiosa, refundiu todas as filosofias, aclarou o caminho das ciências e já teria irmanado todas as religiões da Terra, se a impiedade dos homens não fizesse valer o peso da iniquidade na balança da redenção.

A PALAVRA DIVINA

Não nos compete fornecer uma nova interpretação das palavras eternas do Cristo, nos Evangelhos. Semelhante interpretação está feita por quase todas as escolas religiosas do mundo, competindo apenas às suas comunidades e aos seus adeptos a observação do ensino imortal, aplicando-a a si próprios, no mecanismo da vida de relação, de modo que se verifique a renovação geral, na sublime exemplificação, porque, se a manjedoura e a cruz constituem ensinamento inolvidável, muito mais devem representar, para nós outros, os exemplos do Divino Mestre, no seu trato com as vicissitudes da vida terrestre.
De suas lições inesquecíveis, decorrem conseqüências para todos os departamentos da existência planetária, no sentido de se renovarem os institutos sociais e políticos da Humanidade, com a transformação moral dos homens dentro de uma nova era de justiça econômica e de concórdia universal.
Pode parecer que as conquistas do verdadeiro Cristianismo sejam ainda remotas, em face das doutrinas imperialistas da atualidade, mas é preciso reconhecer que dois mil anos já dobaram sobre a palavra divina.
Dois mil anos em que os homens se estraçalharam em seu nome, inventando bandeiras de separatividade e destruição. Incendiaram e trucidaram, em nome dos seus ensinos de perdão e de amor, massacrando esperanças em todos os corações. Contudo, o século que passa deve assinalar uma transformação visceral nos departamentos da vida. A dor completará as obras generosas da verdade cristã, porque os homens repeliram o amor em suas cogitações de progresso.

CREPÚSCULO DE UMA CIVILIZAÇÃO

Uma nuvem de fumo vem-se formando, há muito tempo, nos horizontes da Terra cheia de indústrias de morte e destruição. Todos os países são convocados a conferirem os valores da maturação espiritual da Humanidade, verificada no orbe há dois milênios. O progresso científico dos povos e as suas mais nobres e generosas conquistas são reclamados pelo banquete do morticínio e da ambição, e, enquanto a política do mundo se sente manietada ante os dolorosos fenômenos do século, registram-se nos espaços novas atividades de trabalho, porque a direção da Terra está nas mãos misericordiosas e augustas do Cordeiro.

O EXEMPLO DO CRISTO

Sem nos referirmos, porém, aos problemas da política transitória do mundo, lembremos, ainda, que a lição do Cristo ficou para sempre na Terra, como o tesouro de todos os infortunados e de todos os desvalidos.
Sua palavra construiu a fé nas almas humanas, fazendo-lhes entrever os seus gloriosos destinos. Haja necessidade e tornaremos a ver a crença e a esperança reunindo-se em novas catacumbas romanas, para reerguerem o sentido cristão da civilização da Humanidade.
É, muitas vezes, nos corações humildes e aflitos que vamos encontrar a divina palavra cantando o hino maravilhoso dos bem aventurados.
E, para fechar este capítulo, lembrando a influência do Divino Mestre em todos os corações sofredores da Terra, recordemos o episódio do monge de Manilha, que, acusado de tramar a liberdade de sua pátria contra o jugo dos espanhóis, é condenado à morte e conduzido ao cadafalso.
No instante do suplício, soluça desesperadamente o mísero condenado - "Como, pois, será possível que eu morra assim inocente? Onde está a justiça? Que fiz eu para merecer tão horrendo suplício?"
Mas um companheiro corre ao seu encontro e murmura-lhe aos ouvidos: - "Jesus também era inocente!..."

Passa, então, pelos olhos da vítima, um clarão de misteriosa beleza. Secam-se as lágrimas e a serenidade lhe volta ao semblante macerado, e, quando o carrasco lhe pede perdão, antes de apertar o parafuso sinistro, ei-lo que responde resignado: - "Meu filho, não só te perdoo como ainda te peço cumpras o teu dever."

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