domingo, 24 de julho de 2011

Gratidão

Objetivo - Ensinar à criança que temos o dever de agradecer.

Desenvolvimento - Devemos agradecer o que temos a Deus, que é nosso nosso Pai e sempre nos dá o que necessitamos. Podemos expressar nossa gratidão com palavras e atitudes. A maior gratidão começa em casa, onde devemos ser gratos aos nossos pais pela oportunidade da reencarnação, que é o nosso crescimento espiritual.

Atividade - figuras expressando gratidão  (coloquem a criança para pintar).

sábado, 23 de julho de 2011

Semana da criança e do Livro Espirita

Objetivo - Mostrar a criança o seu papel no mundo e a importância do livro espirita no seu dia a dia.

Desenvolvimento - Dar parabéns pelo dia da criança. Comece falando por que reencarnamos como criança. Recebemos de Deus a oportunidade de evolução com o esquecimento do passado, pois com o esquecimento fica mais fácil aprendermos novos conceitos da vivência cristã. O mundo necessita da criança para continuar com suas expressões de amor e beleza, e a criança precisa de orientação segura para que o mundo não se comprometa. Portanto o adulto deve com amor e tolerância mostrar os caminhos do bem para a criança e uma das maneiras é através do livro espirita.
Perguntar se eles tem o hábito de lerem ou se os pais leem para eles. Se possível levar alguns para apresentar a eles e se quiserem, contar história do livro.

História - O rio ou A resina - todas do Livro "E, para o resto da vida... ( Wallace Leal V.Rodrigues)

Atividade - Porta retrato de uma oração.

Oração dos jovens

Mestra amado!

Aceita-nos o coração em teu serviço, e, Senhor, não nos deixes sem a tua lição.

Ensina-nos a obedecer na extensão do bem para que saibamos administrar para a glória da vida.

Corrige-nos o entusiasmo a fim de que a paixão inferior não nos destrua.

Modera-nos a alegria, afastando-nos do prazer vicioso.

Retifica-nos o descanso para que a ociosidade não nos domine.

Auxilia-nos a gastar o Tesouro das Horas, distanciando-nos das trevas do Dia Perdido.

Inspira-nos a coragem, sustando-nos a queda nos perigos da precipitação.

Orienta-nos a defesa do Bem, do Direito e da Justiça a fim de que não nos convertamos em simples joguetes da maldade e da indisciplina.

Dirige-nos os impulsos para que a nossa força não seja mobilizada pelo mal.

Ilumina-nos o entendimento, de modo a nos curvarmos felizes ante as sugestões da Experiência e da Sabedoria, a fim de que a humildade nos preserve contra as sombras do orgulho.

Senhor Jesus, nosso Valoroso Mestre, ajuda-nos a estar contigo, tanto quanto estás conosco!

Assim seja.

Livro: Alvorada Cristã (Chico Xavier - Neio Lúcio)


Prece

Senhor, ensina-me a oferecer-te o coração puro e o pensamento elevado na oração.

Ajuda-nos a pedir, em Teu Nome, para que a força de nossos desejos não perturbe a execução de teus desígnios.

Ampara-nos, a fim de que o nosso sentimento se harmonize com a tua vontade e que possamos, cada dia, ser instrumentos vivos e operosos da paz e do amor, do aperfeiçoamento e da alegria, de acordo com a tua lei.

Assim seja.


Livro: Pai Nosso (Chico Xavier - Meimei)

A Resina

Eu era - quando pequena - tão conscienciosa e preocupada que a menor tragédia infantil me deixava acabrunhada e doente de escrúpulos.
Um dia, em meio ao verão, caiu uma chuva excepcionalmente pesada, com uma ventania que carregou tudo em torno de nossa casa.
Quando o tempo melhorou, meu pai convidou-me para dar um passeio e levou-me pela trilha do bosque.
- Repare nestas árvores - disse-me. - Os ramos ficaram partidos de tal forma que é bem possível que elas morram. E agora, examine estas. A tempestade deixou-as intactas.
Observando-as eu me senti mais do que surpesa: estupefata. E meu pai, com sua voz calma de sempre, voltou a me falar:
- Como você vê, há, neste mundo, duas espécies de árvores: as teimosas e as sabidas. As sabidas fabricam a resina para si mesmas e as teimosas não fazem isso. As teimosas conservam os seus galhos hirtos, rígidos. Vem a chuva e acumula a água sobre eles. Vem o vento e, com a sua força, os quebram. E então os ramos não resistem e se quebram. A árvore fica nua, desfigurada e, muitas vezes, morre. Mas as sabidas, estas mantêm a resina circulando como o sangue circula em nosso corpo.
Quando o peso da água da chuva é maior do que podem aguentar, limitam-se a afrouxar os ramos, deixando-os pender. E quando o vento as envolve, ficam tranquilas e permitem que as agitem como quiser. Depois a água cai e o vento acalma. Na manhã seguinte essas árvores estão intactas, como você está vendo.
Ele meditou um instante e depois me disse olhando fundo nos olhos:
- Seja como as árvores resinosas, minha filha. Suporte o que você puder e espere que a sobrecarga, como a água, caia. E que o tempo, como o vento, passe. Você conseguirá resistir e continuará vivendo.
Recordando essa comparação, em meio às dificuldades dos anos adultos, foi que eu consegui não ser um dos muitos casos, tão tristes, de neurose humana.

Livro:" E, para o resto da vida..."
Contos que tocam o coração ( Wallace Leal V.Rodrigues)

O Rio

Em criança eu tinha uma grande preocupação: Não desanimar ante as dificuldades que se me apresentavam.
Mas queria vencê-las fosse como fosse. A ferro e fogo.
Como sem sempre os meus métodos violentos tivessem êxito, eu mergulhava em pranto.
Debalde, por diversas vezes, meu avô procurara me aconselhar, mostrando-me o erro em que eu incidia.
Um dia estavámos, eu e ele, sentados à margem de um pequeno rio e, em um hiato da nossa conversação, enquanto olhávamos a clara correnteza que deslizava, ele se voltou para mim e disse:
- Minha filha, repara bem este riacho. Veja: o seu ideal é correr. Correr até onde possa descansar as suas águas. Mas seu curso nem sempre é tranquilo. Observe, não são poucos os obstáculos que ele encontra: pedras, elevações do terreno, troncos, galhos de árvores. Todavia, ele não se detém. Mas, também, não se atira, cegamente, contra as barreiras. Pelo contrário, procura, antes, verificar se pode vencê-las. Não sendo possível, contorna-as e segue sua jornada com a mesma serenidade. É assim que você, na vida, deve proceder para vencer os obstáculos e prosseguir em paz.
Estas palavras sensatas de meu avô calaram-me profundamente no espírito.
E ainda hoje me valho, sempre com êxito, nos momentos difíceis, dessa sua lição...


Faze da infância que te segue o exemplo
O sublime alicerce do amor puro,
Em que possas construir o Lar e o
Templo do Divino Futuro...
                               Carmem Cinira



Livro: "E, para o resto da vida... "
Contos que tocam o coração (Wallace Leal V. Rodrigues)

Mentor Glacus

Objetivo - Fazer com que a criança conheça o Mentor da Casa (FEIG): Glacus Flamicius.

Desenvolvimento - Quem já ouviu falar do Mentor Glacus? Em qual Médium Glacus se manifesta? Depois das perguntas respondidas contar a biografia do Mentor.

Atividade - Fazer um livro com as partes mais importantes da biografia.

Música - Hino de Glacus

Irmão Glacus Flaminius

Em uma de suas encarnações, foi de origem grega, da região de Corinto, nas cercanias de Peloponeso. No ano 70 da era cristã, aos 25 anos de idade, já formado em Ciências Médicas, as autoridades romanas o levaram para Roma, após o que passou a possuir dupla nacionalidade (greco-romana).

No ano 72, estabeleceu-se como médico e clinicava na região do Aquilino, próximo ao Coliseu, cuja construção já havia sido iniciada. Era imperador de Roma Tito Flávius Vespasiano. Glacus chamava a atenção com sua terapêutica, pois em seu receituário usava como medicação algumas infusões, além do exercício de imposição das mãos sobre os enfermos.

O esculápio adotava práticas não convencionais, porque atendia intensamente os pobres, sem nada cobrar. Essa conduta  desgostava a classe médica, e consta que a mesma mobilizou-se para eliminá-lo. Um médico foi escolhido para por termo àquela "anomalia", Quintus Veras, que patrocinou o extermínio do benfeitor dos menos favorecidos.

Numa manhã úmida do final do ano 79, quando o relógio de areia indicava seis horas, a residência de Glacus Flamínius foi invadida pelos malfeitores e ele foi então morto com lâminas frias. Desencarnava precocemente, aos 34 anos de idade (40 anos antes do tempo previsto para esta sua reencarnação), sem ver um de seus sonhos realizados: a inauguração do Coliseu.

Alguns médicos que participaram do pacto infeliz estão atualmente junto ao seu Espírito, na Fraternidade Espírita Irmão Glacus, na simbiose da tarefa espírita cristã. Muitos de seus pacientes o acompanharam em outras reencarnações e também estão na tarefa espírita aqui no Brasil.

É certo que Glacus teve outras reencarnações antes do ano de 1500, mas não temos dados sobre elas.
Vamos reencontrá-lo reencarnado como o médico de nome Garcez, na Espanha, nos primeiros decênios do século XIV.

La Valeta era, em 1500, uma cidade portuária que recebia muitos estrangeiros - mouros, árabes e povos vindos de todas as partes - época em que reinava o imperador Carlos V. Dentre os  laços afetivos erigidos entre alguns médicos, destacava-se a amizade entre o Dr. Garcez e o Dr. Olviedo de Sarraceno (Quintus Veras), agora seu assistente. Nessa época, a Gália e a Península Ibérica foram assoladas por grandes pestes e, em 1531, o assistente Olviedo sucumbiu a elas ainda bem jovem, aos 31 anos de idade. Por seu turno, Garcez, já possuidor de grandes conquistas espirituais, passou imune às epidemias. Logo após esses fatos, o Dr. Garcez foi convidado para exercer funções administrativas na corte de Carlos V.

Em outra encarnação, o valoroso Espírito viveu no Rio de Janeiro, como médico sanitarista, na época de Estácio de Sá, quando combateu duramente a febre amarela. Não se tem notícia do seu nome nessa época.
No início do século passado, registramos nosso irmão Glacus vivendo outra encarnação. Dessa vez em Florença, desempenhando tarefas administrativas na área das Ciências Sociais. Numa de suas várias viagens a trabalho, estando em Lion (França), conheceu pessoalmente Alan Kardec e Leon Denis, e suas obras, tornando-se entusiasta cooperador da Ciência dos Espíritos.
 
"Extraída do livro Visita aos Lares e Hospitais, publicado pela FEIG."

 "O texto acima foi retirado do site http://www.feig.org.br/ "


Livro:

Na região de Corinto, ano70, Glacus já estava com 25 anos de idade, formado em Ciências Médicas, foi levado pelas autoridades para Roma.


No ano 72, próximo a Corinto começou a exercer a função de Médico. Como usava infusões em seu receituário, alguns médicos não ficaram satisfeitos resolveu matá-lo. No ano de 79, as seis horas, sua casa foi invadida por Quintus Veraz, e Glacus foi morto aos 34 anos partindo 40 anos antes do tempo previsto. E não participou do seu maior sonho, que era ver o Coliseu inaugurado.


No séc. XVI, reencarnou como o Médico Garcez, na Espanha. Trabalhou na corte Carlos V. Em sua outra encarnação, viveu no Rio de Janeiro, na época de Estácio de Sá e combateu duramente a febre amarela. Nessa encarnação não se sabe o seu nome.
No início do século passado, em sua outra encarnação, viveu em Florença, desempenhando tarefas administrativas na área das Ciências Sociais. Glacus em uma de suas viagens, foi a Lion (França) e conheceu Allan Kardec e Leon Denis, passando assim a ser entusiasta cooperador da Ciência dos Espíritos.
      



quinta-feira, 21 de julho de 2011

Gentileza

Objetivo - Ensinar às crianças o que é gentileza (ser amável, ceder procurando evitar conflitos com os semelhantes). A gentileza nos oferece a tranquilidade.

Contar a história "O poder da gentileza" livro Alvorada Cristã (Chico Xavier - Neio Lúcio)

Desenvolvimento - O que é gentileza? Vocês foram gentis com alguém hoje, me digam?

Atividade - Painel da gentileza - cada criança fará um cartaz mostrando na visão dela o que é ser gentil. Você precisará de cartolina, revistas, tesoura, cola e canetão para contornar as figuras. No final cada uma apresentará o seu cartaz.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Disciplina e Ordem

Objetivo - Mostrar as crianças que a ordem e a disciplina fazem parte do nosso progresso individual e coletivo.

Desenvolvimento - Perguntar como é o dia delas, da hora que acordam até a hora de dormirem. Se elas sabem o que irá acontecer se inverterem o processo?! Expôr a elas o que é e porque temos de ter ordem e disciplina.

História - "O servidor negligente" livro Alvorada Cristã (Chico Xavier - Neio Lúcio)

Música -  "Para cololaborar"

Obediência e respeito

Objetivo - Salientar para as crianças o que é obediência e respeito, qual as consequências do seu não cumprimento.

Desenvolvimento - Começar perguntando o que eles acham quando os seus pais pedem para eles fazerem algo? Como eles fazem o que foi pedido? Perguntar o que mais eles conhecem que devem ter obediência e respeito (o trânsito, a escola, o policial etc.)

História - "A alegria no dever" livro Pai Nosso (Chico Xavier - Meimei)

Atividade -  Jogo da memória com as placas de trânsito, o evangelizador poderá levar um jogo já pronto para poderem jogar com eles e depois eles farão o jogo para levarem para casa.

Amor ao Próximo

Objetivo - Explicar o que é o próximo (é sempre a pessoa que se encontra mais perto de nós). Amar ao próximo é compreendê-lo, ampará-lo, socorrê-lo e com ele colaborar sempre que de nós necessite.

Desenvolvimento - Narrar as atitudes de Jesus para as crianças, que todas foram com amor, paciência e tolerância. Perguntar como eles podem demonstrar ao próximo o amor que eles sentem. Que devemos sempre amar e perdoar.

Contar a história "Algo mais" livro Pai Nosso - Chico Xavier (Meimei) ou "Na Sementeira do amor" livro Alvorada Cristã - Chico Xavier (Neio Lúcio)

Atividade - Albúm: Amor ao Próximo (nos espaços a criança terá que ilustrar de acordo com o seu entendimento.

                                  



Música - Amar e perdoar

terça-feira, 19 de julho de 2011

Dia dos Pais

Objetivo - Descrever a importância do pai em nossas vidas, que ele é a figura que nos acolheu nesta jornada, ele é nosso Mestre.

"Emmanuel afirma que duas asas conduzirão o espírito do homem á presença de Deus: uma chama-se Amor, a outra, sabedoria. Da mesma maneira, duas asas mantém o equilíbrio do lar. A mãe representando a fonte de sentimentos e o pai a da razão ponderada. Por isso é importante o papel dos pais em nossas vidas. Orientando-nos a todo instante." Evangelização conteúdo programático DIJ - Departamento de Infância e Juventude.

Desenvolvimento - Perguntar como foi o dia de hoje (no caso evangelização de domingo), se eles sabem que dia é comemorado no mundo material. Se eles sabem quantos pais podemos ter (pensar nas crianças com pais separados e as crianças adotadas). Comentar sobre Deus nosso Pai, e a importância de estarmos sempre em Seu caminho.

Atividade:

p0115


Música - Papai

Causa e efeito

Objetivo - Passar para a criança o sentido de causa e efeito.
                 Causa - o que fazemos aos outros (o bem/mal)
                 Efeito - o que acontecerá conosco, às vezes na mesma existência ou em outra existência

Livro dos Espíritos - P. 630 - Como se pode distinguir o bem e o mal? R. - O bem é tudo o que está conforme a lei de Deus; o mal, tudo o que é contrário. Assim, fazer o bem é proceder conforme a lei de Deus; fazer o mal é infringir essa lei.

Desenvolvimento - Contar a história "Prémio ao sacrifício" livro Alvorada Cristã (Chico Xavier - Neio Lúcio). Conversar sobre as atitudes deles no dia de hoje, perguntar se eles sabem qual é o prémio que eles terão com suas atitudes.

Atividade - ilustração de atitudes do dia a dia para colorir. O evangelizador pode também fazer um painel já ilustrado e dialogar com eles sobre a figura que eles escolherem. O painel pode ser feito de cartolina ou isopor, nele colar figuras de atitudes diárias e tampar com papel colorido, cada criança escolhe uma figura e o evangelizador levanta o papel para a criança comentar o desenho.

Trabalhar o texto "O silêncio" livro Pai Nosso (Chico Xavier - Meimei)

" O silêncio da fala e das atitudes nos colocará em crédito com nosso Deus Pai."

Música "O Perdão"

Espírito Protetor

Objetivo - passar para a criança que além dos nossos pais que estão do nosso lado para nos proteger e nos guiar, temos também os Espíritos protetores que nos induzem ao esforço do bem e do progresso. E quando estamos em dificuldades podemos pedir ajuda a eles que em nome de Deus nos ajudarão.

Desenvolvimento - Contar a história "O Espírito da Maldade" do livro Alvorada Cristã - Chico Xavier pelo Espírito Neio Lúcio. Começar o diálogo com a pergunta: Alguém sabe o que é Espírito Protetor? Logo após a resposta perguntar se Marquinhos estava em harmonia com seu espírito protetor, trabalhar o tema da aula em cima da história.

Brincadeira -  Cabra-cega (uma criança será o espírito protetor da outra)

Atividade - Colorir o Espírito Protetor.
   

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O Espírito da Maldade

O Espírito da Maldade, que promove aflições para muita gente, vendo, em determinada manhã, um ninho de pássaros felizes, projetou destruir as pobres aves.

A mãezinha alada, muito contente, acariciava os filhotinhos, enquanto o papai voava à procura de alimento.

O Espírito da Maldade notou aquela imensa alegria e exasperou-se. Mataria todos os passarinhos, pensou consigo. Para isto, no entanto, necessitava de alguém que o auxiliasse. Aquela ação exigia mãos humanas. Começou, então a buscar a companhia das crianças. Quem sabe algum menino poderia obedecê-lo?

Foi à casa de Joãozinho, filho de dona Laura, mas Joãozinho estava muito ocupado na assistência ao irmão menor, e, como o Espírito da Maldade somente pode arruinar as pessoas insinuando-se pelo pensamento, não encontrou meios de dominar a cabeça de João. Correu à residência de Zelinha, filha de dona Carlota. Encontrou a menina trabalhando, muito atenciosa, numa blusa de tricô sob a orientação materna, e, em vista de achar-lhe o cérebro tão cheio das ideias de agulha, fios de lã e peça por acabar, não conseguiu transmitir-lhe o propósito infeliz. Dirigiu-se, então à chácara do senhor Vitalino, a observar se o Quincas, filho dele, estava em condições de servi-lo. Mas Quincas, justamente nessa ora, mantinha-se, obediente, sob as ordens do papai, plantando várias mudas de laranjeiras e tão alegre se encontrava, a meditar na bondade da chuva  e nas laranjas do futuro, que nem de leve percebeu as ideias nevenosas que o Espírito da Maldade lhe soprava na cabeça. Reconhencendo a impossibilidade de absorvê-lo, o gênio do mal lembrou-se de Marquinhos, o filho de dona Conceição. Marquinhos era muito mimado pela mãe, que não o deixava trabalhar e lhe protegia a vadiagem. Tinha doze anos bem feitos e vivia de casa em casa a reinar na prequiça. O Espírito da Maldade procurou-o e encontrou-o à porta de um botequim, com enorme cigarro à boca. As mãos dele estavam desocupadas e a cabeça vaga.

"Vamos matar passarinhos?" - disse o Espírito horrível aos ouvidos do preguiçoso.

Marguinhos não escutou em forma de voz, mas ouviu em forma de ideia.

Saiu, de repente, com um desejo incontrolável de encontrar avezinhas para a matança.

O Espírito da Maldade, sem que ele o percebesse, conduziu-o, facilmente, até à árvore em que o ninho feliz recebia as carícias do vento. O menino, a pedradas criminosas, aniquilou pai, mãe e filhotinhos. O gênio sombrio tomara-lhe as mãos e, após o assassínio das aves, levou-o a cometer muitas faltas que lhe prejudicaram a vida por muitos e muitos anos.

Somente mais tarde é que Marquinhos compreendeu que o Espírito da Maldade pode agir, no mundo por intermédio de meninos ou de homens e mulheres votados à preguiça e ao mal.

domingo, 17 de julho de 2011

O Culto no Lar

Objetivo - fortalecer o Culto Espírita no lar, pois é um momento de união e demonstração de amor dentro da família.

Desenvolvimento - Começe perguntando se eles fazem o culto no lar e se tem alguém que queira falar como é feito. Compare o que eles falaram com o folder "Como fazer o Culto no Lar" da casa espírita.

Pergunte se eles sabem quando foi feito o primeiro Culto no Lar e por quem foi.

Leia o trecho do livro Jesus no Lar (Chixo Xavier - Neio Lúcio) lição 1 "O Culto cristão no lar.":

"... - Pedro, acendamos aqui, em torno de quantos nos procuram a assitência fraterna, uma claridade nova. A mesa de tua casa é o lar de teu pão. Nela, recebes do Senhor o alimento para cada dia. Por que não instalar, ao redor dela, a sementeira da felicidade e da paz na conversação e no pensamento? O Pai, que nos dá o trigo para o celeiro, através do solo, envia-nos a luz através do Céu. Se a claridade é a expansão dos raios que a constituem, a fartura começa no grão. Em razão disso, o Evangelho não foi iniciado sobre a multidão, mas, sim, no singelo domicílio dos pastores e dos animais.

Simão Pedro fitou no Mestre os olhos humildes e lúcidos e, como não encontrasse palavras adequadas para explicar-se, murmurou, tímido:

- Mestre, seja feito como desejas.

Então Jesus, convidando os familiares do apóstolo à palestra edificante e à meditação elevada, desenrolou os escritos da sabedoria e abriu na terra, o primeiro culto cristão no lar."

Atividade - Casa de papel ofício com a família reunida (as crianças irão desenhar a família)

Dobre uma folha de ofício no meio, dobre no meio novamente, peque uma ponta e dobre até a segunda dobradura, faça o mesmo com a outra ponta.






Livro: Fonte de conhecimento

A partir dos 03 anos a criança passa a imitar o adulto, o seu exemplo é fundamental. Temos que, como evangelizadores, colocar a criança próxima do livro espírita incentivando-os a conhecê-los e para que mais adiante eles possam ter gosto de lê-los.

Crie o hábito de levar nas aulas de evangelização o livro que você pesquisou para o dia. Eles gostam de ver, pegar o livro.

sábado, 16 de julho de 2011

Água Fluidificada

Objetivo: Passar para a criança que a água é essencial para nossa sobrevivência e que ela pode ser fluidificada. Mostrar como fluidificar a água e quando usá-la.

Prece inicial

Desenvolvimento: Entregar a cada criança uma folha em branco para que elas desenhem (de qualquer jeito) o que a mãe usa quando eles se machucam e depois pedir para eles explicarem.

Perguntar se eles conhecem o livro "Nosso Lar", ler para eles um trecho do cáp. 10 para que a partir do trecho eles entendam a importância da água.

"...Na Terra quase ninguém cogita seriamente de conhecer a importância da água. Em "Nosso Lar", contudo, outros são os conhecimentos. Nos círculos religiosos do planeta, ensinam que o Senhor criou as águas. Ora, é lógico que todo serviço criado precisa de energias e braços para ser convenientemente mantido. Nesta cidade espiritual, aprendemos a agradecer ao Pai e aos seus divinos colaboradores semelhante dádiva. Conhecendo-a mais intimamente, sabemos que a água é veículo dos mais poderosos para os fluidos de qualquer natureza. Aqui, ela é empregada sobretudo como alimento e remédio. Há repartições no Ministério do Auxílio absolutamente consagradas à manipulação de água pura, com certos princípios suscetíveis de serem captados na luz do Sol e no magnetismo espiritual. Na maioria das regiões da extensa colônia, o sistema de alimentação tem aí suas bases. Acontece, porém, que só os Ministros da União Divina são detentores do maior padrão de Espiritualidade Superior, entre nós, cabendo-lhes a magnetização geral das águas do Rio Azul, a fim de que sirvam a todos os habitantes de "Nosso Lar", com a pureza imprescindível. Fazem eles o serviço inicial de limpeza e os institutos realizam trabalhos específicos, no suprimento de substâncias alimentares e curativas. Quando os diversos fios da corrente se reúnem de novo, no ponto longínquo, oposto a este bosque, ausenta-se o rio de nossa zona, conduzindo em seu seio nossas qualidades espirituais.

         Eu estava embevecido com as explicações.

         - No planeta - objetei -, jamais recebi elucidações desta natureza.

         - O homem é desatento, há muitos séculos - tornou Lísias -; o mar equilibra-lhe a moradia planetária, o elemento aquoso fornece-lhe o corpo físico, a chuva dá-lhe o pão, o rio organiza-lhe a cidade, a presença da água oferece-lhe a bênção do lar e do serviço; entretanto, ele sempre se julga o absoluto dominador do mundo, esquecendo que é filho do Altíssimo, antes de qualquer consideração. Virá tempo, contudo, em que copiará nossos serviços, encarecendo a importância dessa dádiva do Senhor.

         Compreenderá, então, que a água, como fluido criador, absorve, em cada lar as características mentais de seus moradores. A água, no mundo, meu amigo, não somente carreia os resíduos dos corpos, mas também as expressões de nossa vida mental. Será nociva nas mãos perversas, útil nas mãos generosas e, quando em movimento, sua corrente não só espalhará bênção de vida, mas constituirá igualmente um veículo da Providência Divina, absorvendo amarguras, ódios e ansiedades dos homens, lavando-lhes a casa material e purificando-lhes a atmosfera íntima.

         Calou-se o interlocutor em atitude reverente, enquanto meus olhos fixavam a corrente tranqüila a despertar-me sublimes pensamentos.
XAVIER, Francisco C. Nosso Lar. Cap. 10. Pelo Espírito André Luiz. Editora FEB




Aprensentar a eles o livro Segue-Me!..., a lição "A água fluida" dialogando com eles as ideias básicas: a água recebe os nossos fluídos de bondade. Nos podemos fluidificar a água em nossa casa (mas temos de estarmos em harmonia): "... Na solução de tuas necessidades, ...nos problemas de saúde e equilíbrio... coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações, espera e confia." Segue-Me!... Emmanuel

Atividade - fazer um círculo em volta da mesa com uma jarra d'água no centro, o evangelizador deve pedir que todos fiquem de olhos fechados para fazer um relaxamento: fechem os olhos, imagem um rio, em volta do rio tem muitas árvores e flores,  a água é tão clara que dá para ver até os peixes nadando e nesse momento somente devemos ouvir o canto dos pássaros e o barulho das águas descendo o rio. O evangelizador pedirá que todos apontem sua mãos para a jarra e ele fará uma oração: Deus Nosso Pai, de infinita bondade, diante desse bem precioso criado por Ti, me coloco como seu instrumento para que as melhores vibrações possam fluidificar essa água par que sirva de remédio para nosso corpo e espírito. Que assim seja.

Atividade para colorir:

domingo, 3 de julho de 2011

O poder da gentileza

          Eminente professor negro, interessado em fundar uma escola num bairro pobre, onde centenas de crianças desamparadas cresciam sem o benefício das letras, foi recebido pelo prefeito da cidade, que lhe disse imperativamente depois de ouvir-lhe o plano:
          - A lei e a bondade nem sempre podem estar juntas. Organize uma casa e autorizaremos a providência.
          - Mas, doutor, não dispomos de recursos... - considerou o benfeitor dos meninos desprotegidos.
          - Que fazer?
          - De qualquer modo, cabe-nos amparar os pequenos analfabetos.
          O prefeito reparou-lhe demoradamente a figura humilde, fez um riso escarninho e acrescentou:
          - O senhor não pode intervir na administração.
          O professor, muito triste, retirou-se e passou a tarde e a noite daquele sábado, pensando, pensando...
          Domingo, muito cedo, saiu a passear, sob as grandes árvores, na direção de antigo mercado.
          Ia comentando na oração silenciosa:
          - Meu Deus, como agir? Não receberemos um pouso para as criancinhas, Senhor?
          Absorvido na meditação, atingiu o mercado e entrou.
          O movimento era enorme.
          Muitas compras. Muita gente.
          Certa senhora, de apresentação distinta, aproximou-se dele e, tornando-o por servidor vulgar, de mãos desocupadas e cabeça vazia, exclamou:
          - Meu velho, venha cá.
          O professor acompanhou-a sem vacilar.
          À frente dum saco enorme, em que amontoavam mais de trinta quilos de verdura, a matrona recomendou:
          - Traga-me esta encomenda.
          Colocou ele o fardo às costas e seguiu-a.
          Caminharam seguramente uns quinhentos metros e penetraram elegante vivenda, onde a senhora voltou a solicitar:
          - Tenho visitas hoje. Poderá ajudar-me no serviço geral?
          - Perfeitamente - respondeu o interpelado - , dê suas ordens.
          Ela indicou pequeno pátio e determinou-lhe a preparação de meio metro de lenha para o fogão.
          Empunhando o machado, o educador, com esforço, rachou algumas toras. Findo o serviço, foi chamado para retificar a chaminé. Consertou-a com sacrifício da própria roupa. Sujo de pó escuro, da cabeça aos pés, recebeu ordem de buscar um peru assado, à distância de dois quilômetros. Pôs-se a caminho, trazendo o grande prato em pouco tempo. Logo após, atirou-se à limpeza de extenso recinto em que se efetuaria lauto almoço.
          Nas primeiras horas da tarde, sete pessoas davam entrada no fidalgo domicílio. Ente elas, relacionava-se o prefeito, que notou a presença do visitante da véspera, apresentado ao seu gabinete por autoridades respeitáveis. Reservadamente, indagou da irmã, que era a dona da casa, quanto ao novo conhecimento, conversando ambos em surdina.
          Ao fim do dia, a matrona distinta e autoritária, com visível desapontamento, veio ao servo improvisado e pediu o preço dos trabalhos.
          - Não pense nisto - respondeu com sinceridade - , tive muito prazer em ser-lhe útil.
          No dia imediato, contudo, a dama da véspera procurou-o, na casa modesta em que se hospedava e, depois de rogar-lhe desculpas, anunciou-lhe a concessão de amplo edifício, destinado à escola que pretendia estabelecer. As crianças usariam o patrimônio à vontade e o prefeito autorizaria a providência com satisfação.
          Deixando transparecer nos olhos úmidos a alegria e o reconhecimento que lhe reinavam na alma, o professor agradeceu e beijou-lhe as mãos, respeitoso.
          A bondade dele vencera os impedimentos legais.
          O exemplo é mais vigoroso que a argumentação.
          A gentileza está revestida, em toda parte, de glorioso poder.


Livro: Alvorada Cristã (Chico Xavier pelo espirito Neio lúcio)

Para Colaborar

Música: Meu pintinho amarelinho

Para Colaborar

Letra: Sílvia Cristina Stars de Carvalho Puglia

Nossa casa é de todos
Todos devem ajudar, ajudar
Recolhendo seus brinquedos
E nas tarefas colaborar.

Bem limpinho
e arrumadinho
O seu quartinho
Deve ficar!

Bem limpinho
e arrumadinho
O seu quartinho
Deve ficar!


Livro: Aos pais e educadores de crianças (Sílvia Cristina S.C. Puglia)

O Servidor Negligente

          À porta de grande carpintaria, chegou um rapaz, de caixa às costas, à procura de emprego.
          Parecia humilde e educado.
          O diretor da instituição compareceu atencioso para atendê-lo.
          - Tem serviço com que me possa favorecer? - indagou o jovem respeitoso, depois das saudações habituais.
          - As tarefas são muitas - elucidou o chefe.
          - Oh! por favor! - tornou o interessado - meus velhos pais necessitam de amparo. Tenho batido, em vão, à porta de várias oficinas. Ninguém me socorre. Contentar-me-ei com salário reduzido e aceitarei o horário que desejar.
          O diretor muito calmo acentuou:
          - Trabalho não falta...
          E, enquanto o candidato mostrava um sorriso de esperança, acrescentou:
          - Traz suas ferramentas em ordem?
          - Perfeitamente - respondeu o interpelado.
          - Vejamo-las.
          O moço abriu a caixa que trazia. Metia pena reparar-lhe os instrumentos.
          A enxó se achava deformada pela ferrugem grossa.
          O serrote mostrava vários dentes quebrados.
          O martelo tinha cabo incompleto.
          O alicate estava francamente desconjuntado.
          Diversos formões não atenderiam a qualquer apelo de serviço, tal a imperfeição que apresentavam seus gumes.
          Poeira espessa recobria todos os objetos.
          O dirigente da oficina observou... observou... e disse desencantado:
          - Para o senhor, não temos qualquer trabalho.
          - Oh! por quê? - interrogou o rapaz, em tom de súplica.
          O diretor esclareceu sem azedume:
          - Se o senhor não tem cuidado com as ferramentas que lhe pertencem, como preservará nossas máquinas? Se é indiferente naquilo em que deve sentir-se honrado, chegará a ser útil aos interesses alheios? Quem não zela atentamente no "pouco" de que dispõe, não é digno de receber o "muito". Aprenda a cuidar das coisas aparentemente sem importância. Pelas amostras, grandes negócios se realizam neste mundo e o menosprezo para consigo é indesejável mostruário de sua indiferença perniciosa. Aproveite a experiência e volte mais tarde.
          Não valeram petitórios do moço necessitado.
          Foi compelido a retirar-se, em grande abatimento, guardando a dura lição.
          Assim também acontece no caminho comum.
          Quem deseja o corpo iluminado e glorioso na espiritualidade, além da morte, cuide respeitosamente do corpo físico.
          Quem aspira à companhia dos anjos, mostre boas maneiras, boas palavras e boas ações aos vizinhos.
          Quem espera a colheita de alegrias no futuro, aproveite a hora presente, na sementeira do bem.
          E quantos sonharem com o Céu tratem de fazer um caminho de elevação na Terra mesma.


Livro: Alvorada Cristã (Chico Xavier pelo Espírito Neio Lúcio)

A Alegria no Dever

          Quando Jesus estava entre nós, recebeu certo dia a visita do apóstolo João, muito jovem ainda, que lhe disse estar incubido, por seu pai Zebedeu, de fazer uma viagem a povoado próximo.
          Era, porém, um dia de passeio ao monte e o moço achava-se muito triste.
          O Divino Amigo, contudo, exortou-o a cumprir o dever.
          Seu pai precisava do serviço e não seria justo prejudicá-lo.
          João ouviu o conselho e não vacilou.
          O serviço exigiu-lhe quatro dias, mas foi realizado com êxito.
          Os interesses do lar foram beneficiados, mas Zebedeu, o honesto e operoso ancião, afligiu-se muito porque o rapaz regressara de semblante contrafeito.
          O mestre notou-lhe o semblante sombrio e, convidando-o a entendimento particular, observou:
          - João, cumpriste o prometido?
          - Sim - respondeu o Apóstolo.
          - Atendeste à Vontade de Deus, auxiliando teu pai?
          - Sim - tornou o jovem, visivelmente contrariado -, acredito haver efetuado todas as minhas obrigações.
          Jesus, entretando, acentuou, sorrindo calmo:
          - Então, ainda falta um dever a cumprir - o dever de permaneceres alegre por haveres correspondido à confiança do Céu.
          O companheiro da Boa Nova meditou sobre a lição e fez-se contente.
          A tranquilidade voltou ao coração e à fisionomia do velho Zebedeu, e João compreendeu que, no cumprimento da Vontade de Deus, não podemos e nem devemos entristecer ninguém.


Livro: Pai Nosso (Chico Xavier pelo Espírito Meimei)


Amar e Perdoar

Música: A canoa virou

Amar e Perdoar

Letra: Sílvia Cristina Stars de Cavalho Puglia

A mamãe me pediu
Que parasse de brigar
Com o meu irmãozinho
E aprendesse a perdoar

Eu vou amar
E perdoar
E numa, nunca
Mais brigar

Na vida precisamos
Amar nossos parentes
Porque Jesus ensina
Que sejamos pacientes.

Eu vou amar
E perdoar
E numa, nunca
Mais brigar

Para sermos felizes
Só basta mudar
Trocar nossos defeitos
Sabendo amar!


Obs.: a segunda e quarta estrofe são cantadas batendo palmas


Livro: Ao pais e educadores de crianças (Sílvia Cristina S.C.Puglia)

Algo Mais

          Um crente sincero na Bondade do Céu, desejando aprender como colaborar na construção do Reino de Deus, pediu, certo dia, ao Senhor a graça de compreender os propósitos divinos e saiu para o campo.
          De início, encontrou-se com o Vento que cantava, e o Vento lhe disse:
          _ Deus mandou que eu ajudasse as sementeiras e varresse os caminhos, mas eu gosto também de cantar, embalando os doentes e as criancinhas.
          Em seguida, o devoto surpreendeu uma Flor que inundava o ar de perfume, e a Flor lhe contou:
          - Minha missão é preparar o fruto; entretanto, produzo também o aroma que perfuma até mesmo os lugares mais impuros.
          Logo após, o homem estacou ao pé da grande Árvore, que protegia um poço d'água, cheio de rãs, e a Árvore lhe falou:
          - Confiou-me o Senhor a tarefa de auxiliar o homem; contudo, creio que devo amparar igualmente as fontes, os pássaros e os animais.
          O visitante fixou os feios batráquios e fez um gesto de repulsa, mas a Árvore continuou:
          - Estas rãs são boas amigas. Hoje posso ajudá-las, mas depois serei ajudada por elas, na defesa de minhas próprias raízes, contra os vermes da destruição e da morte.
          O devoto compreendeu o ensinamento e seguiu adiante, atingindo uma grande cerâmica.
          Acariciou o Barro que estava sobre a mesa, e o Barro lhe disse:
          - Meu trabalho é o de garantir o solo firme, mas obedeço ao oleiro e procuro ajudar na residência do homem, dando forma a tijolos, telhas e vasos.
          Então, o devoto regressou ao lar e compreendeu que para servir na edificação do Reino de Deus é preciso ajudar aos outros, sempre mais, e realizar, cada dia, algo mais do que seja justo fazer.


Livro: Pai Nosso (Chico Xavier pelo Espírito Meimei)

Na sementeira do amor

          Ajuda sempre, filho meu.
          Pensa no bem, exalta-lhe a grandeza e intensifica-lhe os dons na Terra.
          A glória mais expressiva do perdão não reside tanto na superioridade daquele que o dispensa, mas sim na soma de benefícios gerais que virão depois nele. O mais alto valor do concurso fraterno não está contido no socorro às necessidades materiais de ordem imediata, e sim no estímulo à confiança e à fraternidade.
          Somente os espíritos em desequilíbrio extremo, fundamente cristalizados no mal, menosprezam as manifestações do bem.
          Sei que é difícil julgar o destino de uma dádiva e, por vezes, teu pensamento se perde, inutilmente, em complicadas conjeturas.
          "Terei dado para o bem? Terei dado para o mal?" - interogas a ti mesmo.
          Mas, se não deste quanto possuís, se apenas concedeste migalhas do tesouro que o Senhor te confiou, não poderás ajudar ao próximo, tranquilamente, em nome do mesmo generoso Senhor que tudo te emprestou no mundo, a título precário?
          Claro que te não rogo favorecer o crime e a desordem visíveis ao nosso olhar. Entretanto, se te posso pedir alguma coisa, em tempo algum te negues à cooperação fraterna.
          Não abandones o enfermo, receando aborrecimentos, nem fujas ao irmão desditoso que caiu nas malhas da justiça, temendo dissabores.
          Se tua bondade não for compreendida, aprende a esperar.
          Não é mais cristão aquele que serve por amor de servir sem qualquer expectativa de remuneração?
          Não te esqueças de que o Mestre foi conduzido ao madeiro da angústia por ajudar e amar sempre...
          Erra, auxiliando.
          Será melhor assim, porque todos estamos sob o olhar da Vigilância divina.
          O homem que ajuda por vaidade e ostentação, quase sempre, em pouco tempo, cria para si mesmo o hábito de auxiliar, atingindo sublimes virtudes. Aquele, porém, que muito fiscaliza os beneficiados e raciocina com excesso quanto ao "dar" e ao "não dar" converte-se, não raro, em calculista da piedade, a endurecer o coração, por séculos numerosos.
          Ouve! Estamos à frente do tempo infinito...
          É imprescindível semear.
          Não adubes o vício e o crime. Todavia, não olvides que é necessário plantar muito amor para que o amor nos favoreça.


Livro Alvorada Cristã (Chico Xavier pelo Espírito Neio Lúcio)

Papai

Música: O cravo brigou com a rosa

Papai

Letra: Sílvia Cristina Stars de Carvalho Puglia

Papai, ó papai querido
Eu quero te desejar
A paz, ó querido amigo
E saúde pra trabalhar.

Hoje estou contente
Do teu beijo receber
Aceite o meu presente
Que é tudo o meu bem querer!


Livro: Aos pais e educadores de crianças (Sílvia Cristina S.C. Puglia)


O Perdão

Música: Nesta rua

O Perdão

Letra: Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia

Nesta Casa, nesta sala
Há muito amor
Muita alegria, muita paz
E muita luz.

Porque sempre
Sempre trazemos
À lembrança
A beleza dos Ensinos de Jesus.

O perdão que liberta
A quem perdoa
Tira o peso e a triteza
Que atordoa.

É a conduta
Que anima aos que praticam,
Porque o rancor e o amargor
Não edificam.


Livro Aos Pais e Educadores de Crianças (Sílvia Cristina S.C. Puglia)

O Silêncio

O Silêncio ajuda sempre:

Quando ouvimos palavras infelizes.
Quando alguém está irritado.
Quando a maledicência nos procura.
Quando a ofensa nos golpeia.
Quando alguém se encoleriza.
Quando a crítica nos fere.
Quando escutamos a calúnia.
Quando a ignorância nos acusa.
Quando o orgulho nos humilha.
Quando a vaidade nos provoca.

O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo.


Livro Pai Nosso (Chico Xavier pelo Espírito Meimei)

Prêmio ao Sacrífico

          Três irmãos dedicados a Jesus leram no Evangelho que cada homem receberá sempre de acordo com as próprias obras, e prometeram cumprir as lições do Mestre.
          O primeiro colocou-se na indústria do fio de algodão e, de tal modo se aplicou ao serviço que, em breve, passou à condição de interessado nos lucros administrativos. Dentro de 25 anos, era o chefe da organização e adquiriu títulos de verdadeiro benfeitor do povo. Ganhava dinheiro com imensa facilidade e socorria infortunados e sofredores. Dividia o trabalho equitativamente e distribuía os lucros com justiça e bondade.
          O segundo estudou muito tempo e tornou-se juiz famoso. Embora gozasse do respeito e da estima dos contemporâneos, jamais olvidou os compromissos que assumira à frente do Evangelho. Defendeu os humildes, auxiliou os pobres e libertou muitos prisioneiros perseguidos pela maldade. De juiz tornou-se legislador e cooperou na confecção de leis benéficas e edificantes. Viveu sempre honrado, rico, feliz, correto e digno.
          O terceiro, porém, era paralítico. Não podia usar a inteligência com facilidade. Não poderia comandar uma fábrica nem dominar um tribunal. Tinha as pernas mirradas. O leito era a sua residência. Lembrou, contudo, que poderia fazer um serviço de oração e começou a tarefa pela humilde mulher que lhe fazia a limpeza doméstica.
          Viu-se triste e lacrimosa e procurou conhecer-lhe as mágoas com discrição e fraternidade. Confortou-a com ternura de irmão. Convidou-a a orar e pediu para ela as bênçãos divinas.
          Bastou isso e, em breve, trazidos pela servidora reconhecida, outros sofredores vinham rogar-lhe o concurso da prece. O aposento singelo encheu-se de necessitados. Orava em companhia de todos, oferecia-lhes o sorriso de confiança na bondade celeste. Comentava os benefícios da dor, expunha suas esperanças no Reino divino. Dava de si mesmo, gastando emoções e energias no santo serviço do bem. Escrevia cartas inúmeras, consolando viúvas e órfãos, doentes e infortunados, insuflando-lhes paz e coragem. Comia pouco e repousava menos. Tanto sofreu com as dores alheias que chegou a esquecer-se de si mesmo e  tanto trabalhou que perdeu o dom da vista. Cego, contudo, não ficou sozinho. Prosseguiu colaborando com os sofredores, por meio da oração, ajudando-os cada vez mais.
          Morreram os três irmãos, em idade avançada, com pequena diferença de tempo.
          Quando se reuniram na vida espiritual, veio um Anjo examinar-lhes as obras com uma balança.
          O industrial e o juiz traziam grande bagagem, que se constituía de várias bolsas, recheadas com o dinheiro e com as sentenças que haviam distribuído em benefício de muitos. O servidor da prece trazia apenas pequeno livro, onde costumava escrever suas rogativas.
          O primeiro foi abençoado pelo conforto que espalhou com os necessitados, e o segundo foi também louvado pela justiça que semeara sabiamente. Quando o Anjo, porém, abriu o livro do ex-paralítico, dele saiu uma grande luz, que tudo envolveu numa coroa resplandecente. A balança foi incapaz de medir-lhe a grandeza.
          Então, o Mensageiro falou-lhe feliz:
          - Teus irmãos são benditos na Casa do Pai pelos recursos que distribuíram em favor do próximo, mas, em verdade, não é muito difícil ajudar com o dinheiro e com a fama que se multiplicam facilmente no mundo. Sê, porém, bem-aventurado, porque deste de ti mesmo, no amor santificante. Gastaste as mãos, os olhos, o coração, as forças, os sentimentos e o tempo em benefício dos semelhantes, e a Lei do Sacrifício determina que a tua moradia seja mais alta. Não transmitiste apenas os bens da vida: irradiaste os dons de Deus.
          E o servidor humilde do povo foi conduzido a um Céu mais elevado, de onde passou a exercer autoridade sobre muita gente.


Livro Alvorada Cristã (Chico Xavier pelo Espírito Neio Lúcio)