sábado, 31 de março de 2012

15 – O bem vitorioso
                O título já diz tudo. Abaixo trechos da reunião da Casa Espírita  composta de palavras de amor, paz e caridade ao próximo e a nós mesmos e uma lição que devemos colocá-la no nosso caminho:
                “- Caros irmãos em Jesus, que a paz do Mestre nazareno esteja conosco!
                Nossa Casa de fato passou por momentos tortuosos, situações difíceis e perturbadoras, todavia o Senhor da Vida não nos desamparou.
                Júlio César investiu contra nós e, com a graça de Deus, conseguimos resistir bravamente.
                É verdade que sofremos alguns prejuízos, nosso trabalho fora acometido de severa perturbação, mas o importante é que mais uma vez vencemos sob as bênçãos de Deus...
                Estaremos orando por aqueles que faliram neste processo, a fim de que retornem para o caminho da verdade.
                Contudo, o mais importante é que estamos continuando nosso trabalho...
                O processo de infiltração acabou, contudo, não estamos livres de novas investidas. Num mundo de provas e expiações, o bem deverá sempre dar exemplo àqueles que ainda se demoram na ignorância. Por isso, no trabalho espírita, vigilância e caridade são as trancas para evitar a invasão das trevas.
                Todavia, nosso trabalho de socorro espiritual apenas começa. É preciso socorrermos Júlio César.
                - O quê?! Perguntavam assustados alguns companheiros encarnados, desdobrados do corpo. Vão resgatar aquele que nos atormentou durante tanto tempo?!
                Ouvindo as colocações o mentor considerou:
                - A justiça caminha junto com a misericórdia divina. Esse amor infinito que emana de Deus solicita-nos ajudarmos uns aos outros. É necessário resgatá-lo das regiões sofredoras conduzindo-o à reencarnação, para que ele, também, assim como nós tenha a oportunidade de reabilitação. Lembremo-nos de que é imperioso colocarmos o evangelho em ação...
                ... Terminada a improvisada confraternização, o mentor, acompanhado dos tarefeiros socorristas, dirigiu-se para as regiões sofredoras na busca de um diamante bruto.”
                Somos diamantes brutos onde o Cristo nos lapida através da reencarnação e do livre arbítrio.

quinta-feira, 22 de março de 2012

14 – Última tentativa
                “ – Pai!
                Todos trazemos um passado que nos solicita reajuste e trabalho!
                Quem de nós já não perambulou perdido e lunático pelo reino das sombras? Quantas vezes, entregues à cegueira de nossas paixões inferiores, transformamo-nos em verdadeiros carrascos!
                Hoje libertos desses sentimentos pelo trabalho árduo e pelos incontáveis testemunhos, estamos despertos para a consciência cristã, colocando-nos à disposição para o amparo amigo.
                Contudo, Senhor, nós te suplicamos: concede-nos a força necessária a fim de que o teu amor possa vibrar nos corações iludidos, nas mentes enganadas, nas almas angustiadas!
                Dá-nos a sublime oportunidade de abraçarmos aqueles que caíram no caminho, os que foram maltratados no mundo, os que se revoltaram, aqueles que deixaram o coração endurecer por não entenderem tuas sábias leis.
                Concede-nos, Pai, a grata satisfação de sermos o bom samaritano da parábola de Jesus, que movido de íntima compaixão socorreu a pessoa humana em necessidade, sem se preocupara com a procedência do assaltado, se era pobre ou rico, moralista ou pecador, virtuoso ou malfeitor, socorrendo-o por ser simplesmente uma criatura humana, executando, em verdade, o maior mandamento.
                Hoje, estas almas se converteram em nosso próximo, pois que nos aproximamos delas com sincero interesse! Permite, por fim , que neste encontro que se assemelha a uma guerra, possamos transformá-lo num grande despertar das consciências comprometidas com o próprio progresso, abraçando-os junto ao peito, revelando, através de nossas atitudes, o teu eterno amor.
                Sê, por fim, Senhor, o sol de eterno fulgor que ilumina e aquece as almas mergulhadas nas águas glaciais da ignorância humana, para que, esclarecidas pelo Teu amor, possam encontrar o caminho que leva a Ti...”
                “... – Derrubem as barreiras magnéticas! Fora os amigos da luz! Fora os seguidores do Cristo! A Casa é nossa! Nossa!...”
                “... – Avante , comparsas! Antônio, apareça!
                O obsessor mor clamava pelo mentor da Instituição, desejava um confronto!
                - Antônio, esbravejava o fanático, eu o desafio. Por sua culpa estou prestes a perder todos os meus títulos na organização em que sirvo! Maldito seja por mil anos!
                Estamos prontos, vamos arrombar as portas fluídicas, estourar as barreiras protetoras, banindo-os daqui! Trabalhamos em nome das hastes infernais, das forças das trevas!
                O momento é nosso! Avante, camaradas!”
                Os dois trecos acima são para ilustrar o ocorrido no capítulo. O primeiro é uma oração dos Espíritos benfeitores para iluminar e trazer paz e proteção à Casa Espírita, o segundo são palavras de ordens que Júlio dizia aos seu comparsas para atacar a casa. Já de madrugada, Júlio não desistia mesmo já sabendo que seu fieis companheiros tinham sidos socorridos.
                De um lado palavras de amor e luz, do outro lado palavras rudes e com tom autoritário. É assim que acontece quando nosso irmão se aproxima e não transmitimos a ele paz e amor: as palavras ficam rudes, amargas como fel. Se colocarmos em práticas a doutrina  estaremos sempre transmitindo luz ao redor e é essa a diferença, o amor transforma e permite a nossa luz interior iluminar ao próximo.
                Vencido, Júlio volta a cidade espírita para se recuperar, mas é inútil, sua perturbação o fez atrair mais pensamentos negativos ao seu redor. Sem saber o que lhe espera Júlio se sente triste não entendo  o porque da tristeza.
                Mas como nós sabemos, é a necessidade de mudar que lhe batia a porta. Não permita que a tristeza o faça ir para o caminho da ignorância. Mude, seja o que for mude, sempre teremos uma segunda opção e Deus sempre a deixa mais perto de nós do que qualquer outra coisa.

sábado, 17 de março de 2012

13 – Fraternidade e vigilância
                Na casa espírita o que estava desorganizado voltou a tranquilidade de antes. Ainda sim, Castro por mais que tentasse tinha momentos de irritação e falta de bom senso e isso acontecia devido ainda ter ao seu lado 05 espíritos da turba de Júlio César. Foi aí que entendi o título do capítulo.
                Em uma de suas conversas,  Israel convidou Castro para visitar Márcia Boaventura, a primeira tarefeira a ser perturbada. Chegando lá, Castro por mais que estivesse sendo perseguido usou a fraternidade para com Márcia. Castro vendo as necessidades que Márcia passava, o que tinha de valor consigo entregou tudo a ela. Na hora da saída, fizeram uma prece onde os espíritos amigos se reuniram em prol do amor e da fraternidade. Terminada a prece, os espíritos de Júlio libertaram Castro e assim ficaram libertos para serem amparados.
                Na visita ao Sr. Boaventura, que estava internado em um sanatório, as palavras de conforto e ânimo o ajudaram para que caminhasse ao lado da esposa para que o seu crescimento espiritual acontecesse. Se Boaventura não seguir os passos da esposa, o seu fim será a loucura devido ao seu materialismo e ignorância perante as leis naturais. Enquanto sua saída não acontece, terá a oportunidade de conhecimento e análise do que aconteceu em sua vida.
                No retorno para a casa espírita Castro e Israel, analisaram os acontecimentos da casa e concluíram que a casa estava sendo invadida. Fraternidade e vigilância, independente do que aconteça em nossa vida devemos seguir o Cristo que nos ensinou o amor ao próximo. Se estivermos praticando a Doutrina com a fé raciocinada, o amparo estará ao nosso lado. E na casa em uma reunião, foram avisados do ataque final de Júlio César.

quinta-feira, 8 de março de 2012

12 – Reação das trevas
                Até esse capítulo, fomos informados como estava o ataque na Casa Espírita. Percebe-se que diante das nossas atitudes é que fazemos amigos ou “não simpatizantes” de nossa pessoa.
                Já agora, tem-se notícia da cidade de Júlio César. Como Júlio estava certo de que seu plano estava a todo vapor e já sabia que alguns de seus companheiros foram socorridos pelos espíritos amigos, ele voltou para a cidade a fim de convocar mais tarefeiros. Chegando lá viu que a cidade estava praticamente vazia e naquele momento os espíritos que estavam acima dele chegariam para fiscalizar seu trabalho.
                O resultado foi negativo, pois além de ter sido humilhado diante dos poucos (400 espíritos) que ali estavam, foi informado que teria somente mais 30 dias para executar sua tarefa, isso a pedido dele. Esse não foi um “bom dia” para Júlio, pois Gonçalves chegou logo após e o informou que a casa espírita estava novamente em paz e o seu “veneno” estava se acabando.
                Uma palestra, foi somente uma palestra, que iluminou e alertou os tarefeiros e frequentadores da casa. Toda casa espírita tem dirigente, e eles são intuídos pela espiritualidade sempre a fazer o melhor para que a casa não sofra com os “ataques” das trevas. As vezes, uma palestra, um pedido, por mais simples e até “bobo” que pensamos ser está sobre a proteção de nossos amigos espirituais. Valorizar e entender o que acontece dentro da casa que frequentamos é um passo que nos leva ao caminho da evolução.

quinta-feira, 1 de março de 2012

11- No auge da crise
                Na casa de Márcia Boaventura, a situação não estava muito boa. O marido doava a maior parte para a seita deixando assim de saldar seus compromissos. Márcia estava passando necessidades dentro de casa, mas suportava tudo com fé e paciência. Em uma noite que o marido começou a “pregar” a palavra dentro de casa, intuito por Gonçalves e Daniel (espíritos da falange de Júlio César), ela foi se deitar e no momento do seu desprendimento do corpo/espírito se encontrou com o mentor espiritual responsável pela casa e ouviu palavras de consolo e carinho:
                “- Márcia, minha filha, disse o mentor aproximando-se e acariciando-lhe delicadamente os cabelos negros, Deus não te permitiria sofrer, se não julgasse ser útil para o teu próprio adiantamento espiritual.
                Teu marido está, de fato, sob poderosa obsessão...
                Encara teu esposo como um doente mental necessitado de nossa piedade. Infelizmente é assim que ele acabará dentro em breve. Os inimigos do bem encontraram tamanha afinidade junto a ele que sua mente começa a sofrer verdadeiro processo desequilibrante. Terás de ser forte!
                Brevemente estarás recebendo a visita de Castro e Israel. Eles, representando a caridade, haverão de te socorrer no que for necessário.
                Seque corajosa e confiante, na certeza de que este teu testemunho de agora te lançará a planos espirituais superiores. Todo sacrifício útil em benefício de alguém é merecedor de recompensas e o Senhor não te faltará.”
                 As palavras grifadas me fez refletir sobre a misericórdia de Deus: Na sua infinita bondade sempre permite o melhor para acontecer em nossa vida, onde a força permite com que a ajuda chegue para suprir o necessário na caminhada e sempre que praticamos a paciência e a fé no próximo estaremos nos preparando para a recompensa da vida.
                Márcia recebeu o apoio que precisa durante seu repouso , mas como o marido era a ponte para Gonçalves e Daniel, eles ainda estavam intuindo Boaventura. Na fábrica que trabalhava, os amigos se afastaram e ele foi demitido. Quando chegou em casa com a notícia, Márcia desmaiou e Gonçalves e Daniel vendo o acontecido partiu para dar a notícia a Júlio César: que ali, naquele lar eles venceram.
                Quando chegaram a casa espírita procurando Júlio César, Elvira os receberam e comemoraram com a notícia, pois tudo estava correndo como o planejado.
                Na casa, apesar de tudo que estava acontecendo, os dirigentes permaneciam em reflexivos e aguardando a intuição da espiritualidade amiga. Israel fez um seminário sobre a casa espírita falando do seu funcionamento, trabalho e trabalhadores e resultado foi positivo.
                “Terminada a exposição, o saldo fora muito positivo, os participantes retiraram-se pensativos e alertados.
                Isso gerou uma modificação no ânimo de muitos, promovendo ao longo dos dias uma relativa calmaria, dificultando um pouco mais o trabalho dos adversários.”
                O trecho acima nos mostra como o convívio e a participação das palestras da casa são importantes na nossa harmonia espiritual. Me fez lembrar da Reunião de Convívio Espiritual, que temos no 3º domingo de casa mês (acontece na FEIG). A espiritualidade sempre nos fala da participação, pois lá, os espíritos familiares e amigos tem a oportunidade de nos encontrar e também é o momento de ouvirmos as palavras de consolo e paz que a espiritualidade nos transmite.
                Somos passíveis de tropeços e temos o livre arbítrio, precisamos estar vigilantes e operosos na caminhada para não servimos de veículo dos inimigos do bem.