quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Maria de Magdala


Fig. 1 - Maria de Mgadala era uma jovem formosa que vivia entregue a prazeres mundanos junto com seus admiradores. Um dia, entretanto, resolveu ouvir Jesus e foi tomada de súbita transformação íntima. Jesus falava do amor puro, que sua alma tanto desejava. De que lhe valiam suas jóias, sua riqueza, suas festas, se sentia – se vazia daquele amor verdadeiro?
Depois de uma noite de muitas meditações, seu coração pediu – lhe que procurasse Jesus. Será que ele a receberia? – pensava. E foi ao seu encontro na residência de Simão. Jesus tratou – a com extrema bondade paternal. Ela confessou seus erros com humildade, falou de sua amargura e do desejo de ser uma de suas ovelhas.
Fig. 2 – O mestre a olhou de forma bondosa, esclareceu que o amor de Deus não permitiria que pessoa alguma permanecesse sempre no erro. Lembrou – lhe que a primavera faz nascer flores sobre uma casa em ruínas. E deu – lhe doce conselho.
- Caminha, agora sob a luz das bênçãos do pai porque o amor de Deus cobre a multidão dos pecados. Mas é indispensável que entendas que a virtude tem de caminhar por uma porta muito estreita... no trabalho com renúncia aos bens do mundo, muitas vezes com sacrifício, tal como o amor das mães, que você pode oferecer aos filhos de outras mães.
Maria sentiu que Jesus assim lhe convidava para que ela se honrasse com grandes virtudes da alma e, feliz e comovida, falou:
- Senhor, renunciarei a todos os prazeres passageiros do mundo para adqurir esse amor puro que me ensinas.
O mestre sorriu – lhe com bondade e falou.
- Vai, Maria. Longo e difícil é o caminho, estreita a porta, mas a fé remove os obstáculos. Nada temas. É preciso crer somente.
Fig. 3 – Após gloriosa primeira visão de Jesus ressuscitado, quando os discípulos resolveram partir para pregar o evangelho, Maria de Magdala pediu que permitissem que ela os acompanhasse, mas eles, com receio do seu passado de pecadora, negaram. Maria lembrou – se das palavras de Jesus e resignou – se. Sozinha, resistiu a todas as propostas condenáveis. Compreendeu que era preciso o caminho estreito das dificuldades e confiava.
Fig. 4 – Certo dia um grupo de leprosos chegou a cidade, na esperança de ainda encontrarem Jesus. Todas as portas se fecharam, mas Maria foi ao encontro deles. Falou – lhes das promessas de Jesus. Tão grande conforto sentiram, que Maria resolveu seguir em companhia deles no retorno ao vale dos leprosos, onde viviam em Jerusalém afastados de todos.  Diariamente ela lhes falava da necessidade do bom ânimo para vencer o mundo e cuidava daqueles necessitados, tomando os agonizantes em seus braços com maternal amor.
Um dia, Maria observou em sua pele aquelas manchas da tão temida doença, no lugar de sua antiga beleza. Recordou as recomendações de Jesus e sentiu – se encorajada. Compreendeu estar chegando ao fim a sua existência e desejou rever, em Éfeso, Maria mãe de Jesus, e João, o apóstolo. Despediu - se e partiu só. Na viagem sofreu grandes humilhações. Já quase chegando a Éfeso, não conseguiu mais caminhar, sendo socorrida por uma família cristã. Foram dias e noites de muitas dores, confortadas pelas orações dos cristãos.
Fig. 5 – Em certo momento Maria sentiu grande alívio. Viu Jesus aproximar - se estendendo – lhe as mãos e, recolhendo – a nos braços, falou – lhe:
- Maria, já passaste a porta estreita! ...Amaste muito! Vem! Eu te espero aqui!


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