quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

10 – Fascinação
                Neste capítulo vou citar trechos de dois diálogos: o primeiro de Maria Souza, a médium que foi envolvida por Júlio César para pensar que tem poder de cura e de Castro um dos responsáveis pela casa espírita. O diálogo aconteceu em uma reunião feita a pedido de Maria com intuito de fazer algumas solicitações.
                Maria Souza – “Estou aqui para fazer algumas solicitações. Vocês não desconhecem a minha produção mediúnica e as orientações dos meus mentores sobre  a utilização de minhas faculdades. Segundo afirmam meus guias, eu tenho uma grande missão para executar neste Centro e solicito que vocês me permitam trabalhar nesta Casa com a cirurgia espiritual. Já estamos nos organizando e verificamos que ficaríamos bem instalados na sala “Allan Kardec”. É um espaço adequado, mesmo porque, segundo informações dos meus superiores, logo, logo estarei recebendo mensagens e receitas do próprio codificador!
                ... Em pouco tempo, afirmam  meus tutores espirituais, estaremos na televisão e aí, já posso ver: pesquisadores americanos, alemães, russos etc. desejando estudar minhas faculdades, o reconhecimento público, títulos de cidadã desta e daquela cidade. É claro que tudo isso eu, pessoalmente, reverterei para a Doutrina Espírita, edificaremos hospitais, creches e orfanatos.”
                Castro – “Minha irmã, entendemos os seus propósitos, acreditamos esteja de fato desejosa de contribuir com a obra do bem, mas desejamos lhe oferecer um tempo maior de experimentação da mediunidade, a fim de que possa se estruturar no campo doutrinário, conhecer melhor a sua faculdade, analisarmos os fenômenos com rigor. De forma que, antes de pensarmos no grande público, que tal se, reservadamente, durante um certo período, com alguns enfermos, sob segura orientação doutrinária, pudéssemos catalogar as enfermidades, verificar se a ação fluídica realmente produziu efeito.”
                Com o diálogo de Maria deu para perceber o porque do título “Fascinação”. Elvira a mando de Júlio César estava intuindo Maria, mostrando como seria sua vida através da mediunidade. E é claro, sabemos que é um caminho ilusório, passageiro, isso a faria contrair mais débitos no caminho da evolução e também a casa se abalaria com seu trabalho de amor e conforto ao próximo.
                O objetivo do espiritismo é curar almas, ser espírita é se reformar intimamente e praticar o amor ao próximo. O estudo, a dedicação à tarefa que assumimos são essenciais para que possamos levar o necessário ao nosso irmão. Temos o livre arbítrio, as nossas escolhas nos elevaram à luz do Cristo.
                Não precisamos nos iludir, fascinar com o que aparece em nosso caminho. Todos temos uma missão e a aceitamos no nosso plano de reencarnação. Muitos são chamados, mas poucos são capacitados. Na medida em que evoluímos Deus nos dará novas oportunidades para o trabalho e a preparação é primordial para o nosso crescimento.
            Sempre falei da admiração que tenho da organização e empenho dos espíritos adversários na tarefa que assumiram (destruir a casa espírita), é hora de nos organizarmos e dedicarmos à nossa tarefa, nos disciplinar para colocarmos em prática a Doutrina do Cristo. Como disse Emmanuel: “Disciplina, disciplina e disciplina”, foi isso que pediu a Chico e como disse Chico: ”O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros."
                Maria não conseguindo o que queria, deixou a casa em busca de outra que a entendesse e a valorizasse como devia de ser. Castro e Israel perceberam que a casa estava passando por momentos difíceis, se lembraram de Márcia, companheira dedicada e fiel que também esta precisando de atenção e conforto espiritual.
                Fascinação – Estejamos fascinados, na medida certa, com a nossa Doutrina para praticarmos em nome do amor do Cristo o amor ao próximo.

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