quinta-feira, 1 de março de 2012

11- No auge da crise
                Na casa de Márcia Boaventura, a situação não estava muito boa. O marido doava a maior parte para a seita deixando assim de saldar seus compromissos. Márcia estava passando necessidades dentro de casa, mas suportava tudo com fé e paciência. Em uma noite que o marido começou a “pregar” a palavra dentro de casa, intuito por Gonçalves e Daniel (espíritos da falange de Júlio César), ela foi se deitar e no momento do seu desprendimento do corpo/espírito se encontrou com o mentor espiritual responsável pela casa e ouviu palavras de consolo e carinho:
                “- Márcia, minha filha, disse o mentor aproximando-se e acariciando-lhe delicadamente os cabelos negros, Deus não te permitiria sofrer, se não julgasse ser útil para o teu próprio adiantamento espiritual.
                Teu marido está, de fato, sob poderosa obsessão...
                Encara teu esposo como um doente mental necessitado de nossa piedade. Infelizmente é assim que ele acabará dentro em breve. Os inimigos do bem encontraram tamanha afinidade junto a ele que sua mente começa a sofrer verdadeiro processo desequilibrante. Terás de ser forte!
                Brevemente estarás recebendo a visita de Castro e Israel. Eles, representando a caridade, haverão de te socorrer no que for necessário.
                Seque corajosa e confiante, na certeza de que este teu testemunho de agora te lançará a planos espirituais superiores. Todo sacrifício útil em benefício de alguém é merecedor de recompensas e o Senhor não te faltará.”
                 As palavras grifadas me fez refletir sobre a misericórdia de Deus: Na sua infinita bondade sempre permite o melhor para acontecer em nossa vida, onde a força permite com que a ajuda chegue para suprir o necessário na caminhada e sempre que praticamos a paciência e a fé no próximo estaremos nos preparando para a recompensa da vida.
                Márcia recebeu o apoio que precisa durante seu repouso , mas como o marido era a ponte para Gonçalves e Daniel, eles ainda estavam intuindo Boaventura. Na fábrica que trabalhava, os amigos se afastaram e ele foi demitido. Quando chegou em casa com a notícia, Márcia desmaiou e Gonçalves e Daniel vendo o acontecido partiu para dar a notícia a Júlio César: que ali, naquele lar eles venceram.
                Quando chegaram a casa espírita procurando Júlio César, Elvira os receberam e comemoraram com a notícia, pois tudo estava correndo como o planejado.
                Na casa, apesar de tudo que estava acontecendo, os dirigentes permaneciam em reflexivos e aguardando a intuição da espiritualidade amiga. Israel fez um seminário sobre a casa espírita falando do seu funcionamento, trabalho e trabalhadores e resultado foi positivo.
                “Terminada a exposição, o saldo fora muito positivo, os participantes retiraram-se pensativos e alertados.
                Isso gerou uma modificação no ânimo de muitos, promovendo ao longo dos dias uma relativa calmaria, dificultando um pouco mais o trabalho dos adversários.”
                O trecho acima nos mostra como o convívio e a participação das palestras da casa são importantes na nossa harmonia espiritual. Me fez lembrar da Reunião de Convívio Espiritual, que temos no 3º domingo de casa mês (acontece na FEIG). A espiritualidade sempre nos fala da participação, pois lá, os espíritos familiares e amigos tem a oportunidade de nos encontrar e também é o momento de ouvirmos as palavras de consolo e paz que a espiritualidade nos transmite.
                Somos passíveis de tropeços e temos o livre arbítrio, precisamos estar vigilantes e operosos na caminhada para não servimos de veículo dos inimigos do bem.

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